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Mais de metade da população mundial precisa de proteção social

Mais de 4.000 milhões de pessoas no mundo carecem de cobertura de proteção social, o que representa mais da metade da população mundial, segundo um novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Mais de metade da população mundial precisa de proteção social
Notícias ao Minuto

11:52 - 30/11/17 por Lusa

Economia OIT

O relatório mundial sobre proteção social 2017-2019 revela que apenas 45% da população mundial beneficia efetivamente de pelo menos uma prestação social, enquanto que 55% da população não têm nenhuma proteção.

"Negar esse direito humano a 4.000 milhões de pessoas no mundo constitui um grande obstáculo para o desenvolvimento social e económico", afirmou o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, em conferência de imprensa na quarta-feira.

O relatório também mostra que apenas 29% da população mundial tem acesso a uma segurança social abrangente, o que representa, no entanto, um "aumento pequeno" em comparação aos 27% em 2014-2015.

Segundo o documento, 71% (5.200 milhões de pessoas) não estão protegidas, ou estão apenas parcialmente, pelo sistema de segurança social.

Apenas 35% das crianças do mundo beneficiam de um acesso afetivo à proteção social, pelo que mais de 1.300 milhões de menores não estão cobertos pelo sistema, a maioria em África e na Ásia, salienta, acrescentando que, em média, apenas 1,1% do PIB se destina às prestações familiares e às crianças entre o zero e os 14 anos.

Também a cobertura da proteção social para as pessoas em idade ativa continua a ser limitada. Apenas 21,8% dos trabalhadores desempregados beneficiam de prestações de desemprego, enquanto 152 milhões de desempregados não têm cobertura, frisou Guy Ryder, citado pela Efe.

No que diz respeito às mulheres, apenas 41,1% das mães de recém-nascidos recebem uma prestação de maternidade e 83 milhões de novas mães não têm cobertura.

Os novos dados da OIT demonstram também que, no mundo, apenas 27,8% das pessoas com deficiência graves recebem benefícios sociais.

O estudo indica que, a nível mundial, 68% das pessoas que ultrapassam a idade que lhes dá direito à reforma recebem uma pensão de velhice, o que a OIT atribui ao alargamento das pensões contributivas e não contributivas em muitos países do mundo de média e baixa renda.

Em média, e com grandes variações regionais, as despesas com pensões e outros benefícios para os idosos representam 6,9% do PIB, mas o relatório mostra que "o nível de prestações é com frequência demasiado e inadequado para permitir que os idosos saiam da pobreza".

"Essa tendência é muitas vezes incentivada por medidas de austeridade", sublinha a OIT. Outra conclusão do estudo aponta que o direito à saúde ainda não é uma realidade em muitas regiões do mundo, especialmente em áreas rurais, onde 56% da população carece de cobertura de cuidados saúde, em comparação com 22% nas áreas urbanas.

A Organização Internacional do Trabalho estima que serão necessários mais 10 milhões de profissionais de saúde para alcançar uma cobertura de saúde universal e garantir a segurança da população.

O relatório destaca ainda que apenas 5,6% da população mundial vive em países que oferecem cobertura de cuidados de longa duração para toda a população com base na legislação nacional.

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