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BCP dá juro de 4,5% na emissão de dívida a 10 anos

O Millennium BCP anunciou hoje que a emissão de dívida subordinada a 10 anos, no valor de 300 milhões de euros, realizada hoje terá uma taxa de juro anual de 4,5%, mas só nos primeiros cinco anos.

BCP dá juro de 4,5% na emissão de dívida a 10 anos
Notícias ao Minuto

19:54 - 29/11/17 por Lusa

Economia Banca

De acordo com a informação transmitida hoje pelo banco à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), esta emissão tem "opção de reembolso antecipado pelo banco no final do quinto ano e uma taxa de juro de 4,5% ao ano durante os primeiros cinco anos", ficando depois o juro dependente das condições de mercado.

O banco liderado por Nuno Amado refere ainda que a operação foi colocada num conjunto "muito diversificado de investidores institucionais europeus" e que a procura "consubstanciou cerca de três vezes o montante da emissão".

O BCP considera que o facto de a procura ter excedido a oferta e "a rapidez" com que a operação foi executada "representam a confiança do mercado no Millennium bcp, no sucesso do seu processo de reestruturação e a sua capacidade para aceder a este importante segmento do mercado de capitais".

O presidente do BCP, Nuno Amando, já tinha afirmado hoje, à margem do Fórum Banca, em Lisboa, que esta emissão de dívida "correu bem" e com "custos muito satisfatórios".

Sobre o boicote de alguns grandes fundos internacionais à emissão, Amado não comentou, mas destacou que a dívida foi colocada em investidores nacionais e internacionais.

Na terça-feira, as gestoras de fundos de investimento Attestor Capital, BlackRock, CQS, Pimco, River Birch Capital e York Capital anunciaram a não participação na emissão de dívida do BCP, considerando que "os riscos associados em investir ativamente em dívida pública ou privada portuguesa são proibitivos".

Em causa está uma decisão relacionada ainda com a resolução do Banco Espírito Santo (BES), pela qual em dezembro de 2015 o Banco de Portugal decidiu transmitir para o 'banco mau' BES obrigações não subordinadas que aquando da resolução do BES ficaram no Novo Banco.

Essa decisão penalizou os investimentos dos fundos que detinham esses títulos, que a consideraram "ilegal e discriminatória" e puseram ações em tribunal.

Hoje, a vice-governadora do Banco de Portugal, Elisa Ferreira, disse à Lusa hoje que a ausência dos grandes fundos da emissão de dívida do BCP é uma tomada de posição negocial legítima, mas vincou a legalidade da decisão tomada em 2015.

Nuno Amado foi hoje questionado sobre a situação em Angola, onde o BCP tem operação, tendo remetido para mais tarde qualquer comentário.

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