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Iki Mobile adia inauguração de fábrica em Coruche para janeiro

O presidente executivo da Iki Mobile disse à Lusa que foi adiada para janeiro a inauguração da fábrica de produção de telemóveis da marca em Coruche, que representa um investimento de 1,6 milhões de euros.

Iki Mobile adia inauguração de fábrica em Coruche para janeiro
Notícias ao Minuto

08:36 - 23/11/17 por Lusa

Economia Telemóveis

"A última fase da obra e implementação do apetrechamento iniciou-se há praticamente um mês", afirmou Tito Cardoso, adiantando que perante o atual calendário faz mais sentido inaugurar a primeira unidade de produção de telemóveis da marca portuguesa em janeiro.

"À partida vamos fazer uma produção teste em meados de dezembro e inauguraremos a fábrica em janeiro", disse o gestor à Lusa.

Inicialmente, o objetivo era inaugurar a fábrica em outubro.

"Esta fábrica tem muita história", começou por explicar Tito Cardoso, salientando que no início o plano era ter a unidade entre 2019 e 2020.

"Acontece que por motivos burocráticos normais do Portugal2020 achámos que não tínhamos tempo para esperar e decidimos antecipar para este ano", prosseguiu.

Por isso, "avançámos sem os fundos [comunitários]. Temos duas candidaturas, uma para a internacionalização e outra de inovação produtiva, mas ainda não estão aprovadas", disse. Por isso, a unidade de Coruche, que vai produzir o primeiro telemóvel com cortiça, avançou com capitais próprios e créditos.

"Tivemos de avançar com a fábrica com 50/50, um misto de fundos próprios e créditos. Acontece que, no que diz respeito aos créditos, as coisas não correram tão bem, demoraram muito tempo e nós decidimos que a fábrica vai ser inaugurada em janeiro. As empresas têm as dores de crescimento normais", acrescentou.

"A partir do momento em que não conseguimos inaugurar a fábrica em outubro, então não queremos avançar este ano", disse, apontando que isso não faria sentido junto da quadra natalícia.

Sobre as duas candidaturas a fundos comunitários, Tito Cardoso afirmou: "Gostávamos que estivessem aprovadas o quanto antes por causa das nossas participações internacionais nas feiras".

Com capital "100% português", a Iki Mobile quer ter um papel importante na economia portuguesa.

"Acho que devemos ser ativos no crescimento da economia portuguesa", afirmou Tito Cardoso, que assumiu que a marca vai produzir em Portugal um telemóvel "diferenciador", utilizando um "produto nacional como a cortiça".

A futura unidade de Coruche foi construída para poder ser aumentada, o que vai depender da procura dos telemóveis ali produzidos.

"Prevemos um possível aumento, mas tem muito a ver com procura, já que trabalhamos muito com reservas", disse, adiantando, a título exemplo, que o novo telemóvel da marca "está só à venda por reserva, com fila de espera de três meses".

A unidade, que será semiautomática, vai empregar numa primeira fase 34 pessoas e "no segundo trimestre [de 2018] a intenção é ter 50 pessoas", afirmou.

"Acreditamos que 2018 será o ano chave da marca. Com a fábrica estamos a jogar em casa, temos tudo nas nossas mãos", sublinhou.

Sobre a faturação da Iki Mobile, Tito Cardoso adiantou que no ano passado foi "cerca de três milhões e pouco de euros", montante que irá ser ultrapassado este ano.

"Até final de novembro esperamos ultrapassar os quatro milhões de euros em receitas" e em venda de número de telemóveis "temos a perspetiva de ultrapassar os 400 mil em todo o mundo", apontou o gestor.

Atualmente, os telemóveis Iki Mobile são "exportados para mais de 30 países", mas o objetivo da empresa é ambicioso: "Temos de estar em todos".

Este ano, Tito Cardoso marcou presença na Web Summit, considerada a maior cimeira de tecnologias do mundo, que teve a sua segunda edição em Lisboa.

O gestor disse que o conceito da Web Summit tem "muito a ver" com a Iki Mobile, juntando "a tecnologia, as preocupações com o meio ambiente" e a "inovação".

Por isso, "para o ano vamos querer participar com o nosso 'stand' na Web Summit", garantiu.

"Os telemóveis são um fator poluente e nós vamos tentar diminuir a pegada [..] reduzindo substancialmente o impacto", nomeadamente recorrendo à utilização da cortiça.

"Os nossos telemóveis não vão ter peças em metal, mas em plástico reciclável", acrescentou.

O gestor avançou que a empresa está a estudar "muitos aspetos importantes da cortiça" para desenvolver as suas potencialidades.

"Estamos a trabalhar com a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, com o professor Rodolfo Oliveira, para estudar não só a sua relação com o meio ambiente, como também aquilo que pode ser vantajoso para a saúde", concluiu.

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