OE2018: Política fiscal compromete o investimento estrangeiro
O presidente da Confederação dos Serviços de Portugal (CSP), Jorge Jordão, considerou hoje, durante a reunião com a Comissão do Orçamento, na Assembleia da República, que a política fiscal compromete o investimento estrangeiro.
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Economia CSP
Em resposta aos deputados da Comissão do Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, no âmbito da avaliação da CSP à proposta do Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), Jorge Jordão vincou que não tinha dúvidas de que "o grau de investimento estrangeiro está a ser afetado pela política fiscal" e acrescentou que "existe uma grande imprevisibilidade quanto à evolução das taxas e ao consequente agravamento da tributação".
"Temos uma taxa de IRC [Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas] que ultrapassa a média dos países comunitários, que não supera os 23,5%", adiantou à Lusa.
Jorge Jordão referiu ainda que, durante a discussão na especialidade da proposta do OE2018, teve a oportunidade de citar alguns exemplos de "países como a República Checa e a Eslováquia, cujas taxas [de IRC] rondam os 19%", destacando ainda a Irlanda que apresenta o valor mais reduzido (12,5%).
No entanto, acrescenta que "o balanço da reunião é positivo, pois houve uma sensibilização dos partidos presentes, face à análise apresentada".
De acordo com o representante da Confederação dos Serviços de Portugal, relativamente ao agravamento de 7% para 9% da derrama estadual, paga pelas empresas com lucros acima dos 35 milhões de euros, o Governo indicou que "ainda não estava decidido".
Já no domínio do programa Simplex, Jorge Jordão adianta que os deputados revelaram que "vão pensar em medidas para surpreender, pela positiva, os empresários".
As atividades representadas na CSP correspondem, referem, a cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB), envolvendo 184.000 postos de trabalho diretos e mais de 150.000 indiretos.
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