Venezuela falhou o primeiro pagamento aos credores. E agora?
O governo liderado por Nicolás Maduro foi incapaz de cumprir os prazos de carência definidos pela mais recente ronda de reembolsos.
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Economia América do Sul
A realidade que mais se temia aconteceu e a Venezuela parece estar 'entre a espada e a parede': Segundo a Standard & Poor's, o país não conseguiu cumprir as obrigações de um empréstimo e passados os 30 dias de tolerância, o pagamento aos credores foi considerado oficialmente incumprido.
Agora que a incapacidade de pagar uma linha de Obrigações do Tesouro está confirmada, esperam-se novos episódios numa série que é de terror para a esmagadora maioria dos venezuelanos.
O futuro ainda não é totalmente claro, mas como explica a CNN, avizinham-se tempos difíceis. Se a maior parte dos credores exigir pagamento imediato, o governo venezuelano será obrigado a arranjar formas de pagar a dívida; caso contrário, a lei internacional permite que os detentores de dívida sem pagamento se apoderem dos bens venezuelanos no exterior.
A única riqueza relevante nas contas da Venezuela é o petróleo vendido ao exterior, responsável por uma percentagem esmagadora da produção do país. Os investidores lesados poderiam neste caso reclamar os barris de petróleo e deixariam o governo de Nicolás Maduro com ainda menos armas para combater a situação atual de emergência financeira.
Durante anos, as receitas petrolíferas seguraram a Venezuela num ténue equilíbrio orçamental, mas a queda dos preços do chamado 'ouro negro' deixaram de permitir uma fonte de dinheiro sustentável e colocaram a nu a falta de reformas e de bens básicos no país.
Sem dinheiro para importar matérias-primas, comida e medicamentos, o governo de Maduro deixou os venezuelanos sem meios de sobrevivência e criou uma inflação devastadora que está a provocar fome, miséria e uma situação de emergência social.
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