Real Douro compra ex-colégio Almeida Garrett à Universidade do Porto
A Real Douro, Promoção e Gestão Imobiliária, SA, venceu o concurso público que a Universidade do Porto lançou no verão para alienação do ex-colégio Almeida Garrett, disse hoje à Lusa fonte da instituição de ensino superior.
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Economia Negócio
Em resposta à Lusa, fonte da Universidade do Porto referiu que, entre as três propostas apresentadas, a da Real Douro, no valor de 6,1 milhões de euros, foi a que apresentou o preço mais alto, sendo a vencedora do concurso.
"A concretização da venda [do imóvel] está ainda em tramitação processual", ressalvou a fonte, adiantando que a escritura pública está prevista para janeiro.
De acordo com o anúncio que foi publicado em 29 de junho no Diário da República, a "alienação ou concessão do direito de superfície do prédio designado ex-colégio Almeida Garrett" tinha como preço base 4,768 milhões de euros.
A UP definiu como critérios de adjudicação "a proposta economicamente mais vantajosa" ou o preço mais elevado, em caso de venda.
Localizado na freguesia do centro histórico do Porto, o imóvel tem entrada pela praça Coronel Pacheco e está inserido num terreno com uma área total de 8.520 metros quadrados, suficiente para ali instalar oito campos de futebol.
Questionada na ocasião pela Lusa, fonte da UP adiantou que a área bruta de construção é de 2.880 metros quadrados, numa área de implantação de 1.170 metros quadrados.
A Real Douro - Promoção e Gestão Imobiliária, SA, tem sede no Marco de Canaveses e, de acordo com informação disponível na internet, tem como atividade a "compra e venda de prédios e todas as demais operações legalmente permitidas sobre imóveis, compra de imóveis para revenda, investimentos, promoções e gestão imobiliários, exploração de empreendimentos agrícolas e turísticos, turismo de habitação, agroturismo e turismo rural, hotelaria e similares e comércio em geral".
O edifício do antigo colégio Almeida Garrett foi "adquirido pelo Ministério da Educação e Investigação Científica para a Faculdade de Engenharia, mas "cedo se constatou que, apesar de a área afeta à Faculdade de Engenharia mais do que ter duplicado, a FEUP só adquiriria a indispensável estabilidade quando fossem projetadas as suas instalações definitivas", construídas no polo da Asprela, indicava a UP na internet.
A ACE/Teatro do Bolhão veio depois a ocupar aquele espaço até 2015, ano em que se mudou para o palácio Conde do Bolhão, que foi adquirido pela Câmara do Porto mas cedido, em regime de comodato, por um período de 50 anos à academia e que sofreu obras de remodelação durante cerca de nove anos, orçadas em 2,8 milhões de euros.
No dia 10 de julho, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defendeu ser necessário que o Porto discutisse qual o destino a dar às instalações do antigo colégio Almeida Garrett, localizado na Baixa da cidade.
"Há instituições que vão ter de mudar de espaço - Academia Contemporânea de Espetáculos (ACE) e Teatro Universitário do Porto (TUP) -- e há um debate que a cidade do Porto vai ter de fazer sobre o que é que quer no seu centro, como é que o seu centro pode ser vivido e se pode ter gente dentro que não só turistas. É um debate muito importante que se abre neste momento, quando sabemos que este espaço vai ter necessariamente novos usos", sublinhou naquele dia.
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