Seis concorrentes podem apresentar propostas para expansão do metro
O júri do concurso relativo à expansão da rede de metro do Porto selecionou seis dos 12 concorrentes para apresentarem propostas com vista à nova Linha Rosa e ao prolongamento da Linha Amarela, divulgou hoje a empresa.
© Global Imagens
Economia Porto
De acordo a Metro do Porto, os seis projetistas pré-qualificados pelo júri têm até ao dia 30 para apresentar as propostas do projeto da Linha Rosa, que vai ligar, no Porto, a estação de São Bento à Casa da Música, com o valor estimado de 2,6 milhões de euros, e do prolongamento da Linha Amarela até Vila d'Este, em Vila Nova de Gaia, avaliado em 2,1 milhões de euros.
As propostas vão ser avaliadas com base no preço e na valia técnica e a empresa espera adjudicar até ao fim de dezembro os projetos das duas novas linhas, "a construir entre 2019 e 2022" e com um "valor global de referência de 4,7 milhões de euros, divididos em dois lotes".
Numa nota informativa enviada à Lusa, a Metro do Porto esclarece que o preço das propostas apresentadas tem um peso de 70% na avaliação, ao passo que o critério da valia técnica da proposta tem um peso de 30%.
A empresa revela ter recebido "no final da semana passada o relatório final do júri do concurso público internacional para a elaboração dos projetos das duas novas linhas", lançado a 06 de setembro, explicando que, "dos 12 concorrentes à pré-qualificação, o júri validou a admissão de seis".
Entre os escolhidos estão os agrupamentos de empresas/consórcios Fase/Ayesa, Tecnofisil/Typsa/JMENGLOB/Pais Mamede & Malato/Adão da Fonseca, IDOM, LCW/Amberg/Grid, COBA/Viaponte/Gibb e Sener.
A Metro do Porto destaca que "qualquer um destes seis concorrentes está habilitado a apresentar propostas quer para a elaboração do projeto da Linha Rosa quer para o prolongamento da linha Amarela".
A empresa descreve que a Linha Rosa será "totalmente subterrânea" e terá quatro novas estações projetadas por Eduardo Souto Moura (o arquiteto responsável pelo desenho da primeira fase do Metro).
Numa extensão de 2,5 quilómetros, a Linha Rosa vai fazer "a ligação entre São Bento, Cordoaria/Hospital de Santo António, Galiza/Centro Maternoinfantil e Casa da Música/Rotunda da Boavista".
Os concorrentes agora pré-qualificados devem fazer "a elaboração de estudo prévio, avaliação de impacto ambiental, obtenção de declaração de impacto ambiental e projeto de execução, estabelecendo um prazo total para execução destas tarefas de 330 dias", sendo que o "valor máximo" para esta linha "é de 2,6 milhões de euros".
"O lote respeitante ao prolongamento da Linha Amarela em 3,2 quilómetros e construindo três novas estações entre Santo Ovídio e Vila d'Este implica exatamente o desenvolvimento dos mesmos trabalhos de natureza técnica e ambiental, prevendo porém um prazo mais curto para a sua execução", descreve a Metro do Porto.
Segundo a empresa, o projeto e declaração de impacto ambiental deste novo troço "têm que ser apresentados 270 dias após a adjudicação".
"O valor máximo deste lote é de 2,1 milhões de euros", acrescenta.
A Metro do Porto espera que "o lançamento dos concursos para as empreitadas de construção da Linha Rosa e da extensão da Linha Amarela" aconteça no fim de 2018, "de modo a que as obras arranquem, no Porto e em Vila Nova de Gaia, nos primeiros meses de 2019 e venham a ficar concluídas em 2022".
"No seu conjunto, as novas linhas vão servir, diariamente, mais de 33 mil pessoas, cobrindo importantes polos de procura. O investimento global nesta fase de expansão da rede do Metro (projetos incluídos) é na ordem dos 290 milhões de euros", refere a empresa.
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