Em 2018, OIT põe fim a laços com a indústria tabaqueira
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) anunciou hoje que vai romper os laços com a indústria tabaqueira, de quem recebia financiamento através de dois programas para lutar contra o trabalho infantil no cultivo de tabaco.
© Reuters
Economia Financiamento
O órgão executivo da OIT "decide que (...) não aceita mais financiamento da indústria do tabaco e que as alianças de colaboração público-privada existentes com a indústria tabaqueira não serão renovadas depois de vencerem (em 2018)", assinalou a organização num documento adotado no final de uma reunião.
A cooperação entre a OIT e a indústria do tabaco envolve dois programas com um financiamento de 15 milhões de dólares (12,9 milhões de euros) da parte do setor, de acordo com fontes da organização.
Em concreto, a OIT mantém atualmente acordos com Japan Tobacco International (JTI) e com Eliminating Child Labour in Tobacco-growing Foundation (financiada por tabaqueiras) que expiram em junho e em dezembro de 2018, respetivamente.
Na decisão adotada hoje, após vários adiamentos e um complicado debate devido à dificuldade de encontrar consenso, o conselho da OIT pediu ao diretor-geral, Guy Ryder, que tente conseguir financiamento de outra forma.
Mais de 150 organizações de saúde e de luta contra o tabaco tinham escrito aos membros do conselho de administração desta agência da ONU sublinhando que a OIT se arriscava a "manchar a sua reputação e a eficácia do seu trabalho" se não pusesse fim às relações com a indústria do tabaco, criticada igualmente por trabalho infantil.
A OIT tinha explicado até agora as suas ligações com os produtores de tabaco alegando que isso ajudava a melhorar as condições de trabalho de cerca de 60 milhões de pessoas que trabalham no setor.
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