Mais de 200 trabalhadores saíram do Santander Totta até setembro
Mais de 200 trabalhadores saíram do Santander Totta até setembro, disse hoje o presidente do banco, Vieira Monteiro, acrescentando que foram feitas fusões em 67 agências.
© Lusa
Economia Vieira Monteiro
As saídas deram-se através de rescisões por mútuo acordo e por reformas antecipadas, tendo o banco terminado setembro com 5.841 funcionários.
Tendo em conta que o Santander Totta tinha, no final de 2016, 6.110 trabalhadores, tal significa que saíram do grupo 269 funcionários nos primeiros nove meses do ano.
Já até ao final do ano, o banco estima que ainda saiam mais algumas "dezenas de pessoas", disse hoje Vieira Monteiro.
O presidente do Santander Totta não divulgou os custos tidos pelo banco com processo de saída de pessoal, referindo que são "dados internos".
Quanto a agências, Vieira Monteiro afirmou que o Santander Totta fundiu 67 balcões até final de setembro e que espera fundir mais 13 até ao final do ano.
O Santander Totta, que pertence ao grupo bancário espanhol Santander, divulgou hoje que teve lucros de 331,9 milhões de euros entre janeiro e setembro deste ano, mais 13% face ao mesmo período do ano passado.
"A evolução positiva do resultado líquido reflete a descida dos custos operacionais e das dotações de provisões para crédito, que compensam a diminuição de 4,6% no produto bancário", lê-se na informação divulgada à imprensa.
Nos primeiros nove meses do ano, o produto bancário do Santander Totta caiu 4,6% face ao período homólogo para 858 milhões de euros, com a queda de 5,7% da margem financeira para 518,7 milhões de euros e dos resultados das operações financeira em 8,3% para 97,8 milhões de euros.
Vieira Monteiro justificou parte da queda com as vendas que o banco fez de dívida pública este ano, que gerou uma mais-valia de 20 milhões de euros mas que implica que a margem financeira já não seja beneficiada com os juros conseguidos com essa dívida. O Santander Totta detém, mesmo após vendas, 1.000 milhões de euros de obrigações do tesouro de Portugal, afirmou.
Já as comissões bancárias cresceram 4,7% para 248,9 milhões até setembro.
Quanto aos custos operacionais, até setembro, caíram 7,3% para 391,8 milhões de euros em relação ao período homólogo de 2016, com os custos com pessoal a caírem 3,6% para 235,2 milhões de euros.
Contudo, estes custos são recorrentes, ou seja, sem efeitos extraordinários, caso dos valores gastos em compensações para as saídas de trabalhadores.
O Santander Totta irá crescer em número de trabalhadores com a integração do Banco Popular Portugal, apesar de a data para essa fusão acontecer ainda não estar definida, uma vez que este tinha cerca de 1.000 funcionários aquando da resolução em junho do grupo bancário em Espanha.
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