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Winning: Os 'médicos das empresas' que até já recebem prémios

No auge da crise, quatro jovens decidiram arriscar e criaram uma consultora que hoje em dia é conhecida por ajudar empresas a sobreviver.

Notícias ao Minuto

11:45 - 27/10/17 por Bruno Mourão

Economia Entrevista

Chamaram-lhes "loucos" e disseram que nunca conseguiriam ser bem-sucedidos, mas Leandro Pereira e os sócios decidiram ser empreendedores e criar em 2012 um projeto ideal para ajudar as empresas portuguesas a saírem da crise. 

Fundada em 2012, a Winning Consulting oferece serviços de reformulação e do método de gestão, servindo como um verdadeiro 'médico de empresas' com dificuldades. 

Ao longo de cinco anos de atividade, o CEO Leandro Pereira tem liderado um projeto que chama cada vez mais à atenção e que foi escolhido como um dos vencedores do recém-criado prémio Heróis PME

O Economia ao Minuto teve oportunidade de falar com Leandro Pereira na cerimónia de entrega de prémios e mostra-lhe agora a entrevista, onde falámos da história da Winning e da atual fase empreendedora que se vive em Portugal. 

Qual foi a história vencedora que vos valeu a presença nos Heróis PME? 

A história vencedora é uma história apaixonante em que algures no tempo, quatro pessoas assumem a missão e a paixão de tentar resolver os problemas das empresas. Isto foi feito dentro de uma lógica que fomos construindo ao longo do tempo de sermos verdadeiros médicos de empresas, essa é a conotação dos nossos serviços. Nascemos no momento propício para isso, em 2012, plena crise, em que as organizações estavam a sucumbir por problemas económicos e financeiros, e nós decidimos que se tínhamos formação, 'know how', experiência e conhecimento de mercado em matéria de gestão, como há muitos problemas no mercado, posicionámo-nos para ajudar as empresas a passar as fases menos boas. 

A verdade é que as fases menos boas estão presentes em todo o lado e em todas as circunstâncias e em todos os setores de atividade. Ao longo do tempo fomos crescendo e já somos 130 colaboradores e dedicamo-nos à abordagem de olhar para os problemas das empresas e tentar transformá-las, recuperá-las e revitalizá-las. É essa a nossa missão, a nossa paixão e daí vem o rótulo de 'médicos das empresas'. 

Acredita que nasceram no momento ideal? 

Sim, ou talvez não! Havia muita gente a dizer "que loucos, em plena crise vão criar uma empresa, o que passa?" [risos] 

Nessa altura de crise houve curiosamente uma certa crise de ideias e de empreendedorismo. Agora, vive-se um momento diferente em que todos querem criar empresas. O que mudou? 

Eu considero que as crises são bons momentos para filtrar, para refundar e para 'abanar a árvore', remover a cristalização e trazer algum risco. Uma das coisas boas das crises é forçar as pessoas a saírem da zona de conforto e acho que isso ajudou a criar e a alavancar este momento e uma dinâmica que hoje em dia observamos e em que toda a gente tem total potencial para ser empreendedor e para se lançar em negócios. 

Está a chegar a segunda edição da Web Summit em Portugal. Que efeito acha que este tipo de eventos pode ter na economia nacional? 

Têm um efeito muito interessante, sobretudo para abrir a mente e olhar para fora. Tipicamente, em Portugal temos muita dificuldade pelos aspetos culturais para partilhar e ao vermos tanta gente a partilhar conosco aquilo que é a sua essência, o seu 'core business', as suas ideias de como querem projetar a sua empresa e o seu negócio... o networking e o potencial de criatividade que estas feiras nos ajudam a pôr em prática criam muitas sinergias no mercado e ajudam as empresas a pensar que a melhor forma de serem sustentáveis e manterem-se no mercado é estarem continuamente a repensar a sua estratégia. Estas feiras ajudam a isso. Como dizia Luís de Camões, "o mundo é feito de mudança"; por isso, quem cristaliza e quem para tem dificuldades em manter-se. Estas feiras são o catalisador, o empurrão para que as empresas pensem dessa forma. 

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