Orçamento: CGTP vai demonstrar ao Governo que há "alternativas"
A CGTP vai apresentar hoje ao ministro das Finanças alternativas à proposta de Orçamento do Estado para 2018, que passam pela redução da despesa estatal e pelo aumento de impostos sobre as empresas, avançou o secretário-geral Arménio Carlos.
© Global Imagens
Economia Arménio Carlos
"Vamos ouvir o que o senhor ministro das Finanças [Mário Centeno] tem para nos dizer. E vamos demonstrar que temos alternativas quer para a redução da despesa supérflua do Estado, quer para o aumento da receita sobre aqueles que até agora foram beneficiados e que agora têm que pagar mais impostos", afirmou aos jornalistas o dirigente sindical.
Arménio Carlos falava à entrada da reunião dos parceiros sociais com Mário Centeno, no Conselho Económico e Social (CES), realçando que as medidas em causa permitem uma transferência de verbas para o investimento, mas também para a melhoria de vida dos trabalhadores, dos serviços públicos e das populações.
O arranque dos trabalhos estava agendado para as 15:00, porém houve um atraso considerável uma vez que o ministro das Finanças foi ao parlamento apresentar a proposta de OE2018, pelo que a reunião só começou um pouco antes das 17:00.
Do lado dos patrões também há insatisfação relativamente à proposta do executivo para o OE2018, expressa pela voz de João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP).
"O Governo esqueceu-se das empresas, que têm um papel fundamental na atividade económica e na criação de emprego e não foi adotada nenhuma das propostas apresentadas pelas associações empresariais", criticou o responsável, que também participa na reunião do CES.
Por seu turno, António Saraiva, presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal, preferiu aguardar pelo final do encontro com Centeno para falar com a comunicação social.
A reunião plenária da concertação social de hoje tem como ponto único da ordem de trabalhos o OE2018.
Ainda assim, antes do início dos trabalhos, Vieira Lopes disse aos jornalistas que ia aproveitar a ocasião para transmitir ao ministro das Finanças que a CCP considera "claramente insuficientes as medidas para as empresas afetadas pelos incêndios", destacando que "não há qualquer alívio fiscal" para as mesmas.
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