Propensão dos portugueses para comprar atinge máximo de 15 anos
A propensão dos portugueses para comprar atingiu em setembro o nível mais alto desde o final de 2001, isto é, em quase 15 anos, segundo o estudo "Consumer Climate" da GfK que foi hoje divulgado.
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Economia Estudo
"Os portugueses aumentaram, no último trimestre, a propensão para comprar, para valores que são um recorde", assinalou em comunicado a entidade, realçando que, "apesar de não haver um aumento nos níveis de confiança na expetativa sobre a economia portuguesa, verifica-se uma clara e forte vontade de comprar, o que possivelmente irá refletir-se numa mais sólida procura interna".
De acordo com o estudo, a propensão para comprar apresentou uma tendência claramente positiva no terceiro trimestre, já observada no anterior, mas agora com um máximo inédito de 13,0 pontos, o nível mais elevado desde o final de 2002, com uma subida de 8,9 pontos face ao segundo trimestre e de 29,6 pontos em comparação com igual período do ano passado.
Paralelamente, os resultados do estudo da GfK mostram que os portugueses não mantiveram a tendência de subida sobre a expectativa económica, em particular neste último trimestre: "Assistimos até a uma ligeiríssima descida até aos 37,7 pontos, no final de setembro, se compararmos com o valor do 2.º trimestre deste ano. No entanto é ainda assim uma subida de 19,9 pontos, comparando com igual período do ano passado".
A nível europeu, manteve-se também um clima positivo, com os consumidores europeus a manterem uma tendência positiva e de subida, terminando o terceiro trimestre com 20,9 pontos.
"Trata-se de uma subida desde os 19,1 pontos verificados no final do segundo trimestre, alcançando agora um nível que ainda não tinha sido visto desde o final de 2007", destacou a GfK.
De acordo com as conclusões da GfK, "durante o último trimestre, o consumo privado demonstrou ser um pilar importante para a economia da União Europeia, com diversos países a melhorarem ou a manterem a posição no indicador 'Propensão para comprar'" e "este facto combateu os resultados mais contraditórios de determinados países em outros indicadores, como a expectativa de rendimento a descer em França, Áustria e Alemanha, em comparação com o segundo trimestre de 2017".
Os resultados do estudo "GfK Consumer Climate Europe" derivam de um inquérito aos consumidores conduzido a pedido da Comissão Europeia em todos os Estados-membros da União Europeia, contando com a participação de aproximadamente 40 mil pessoas dos 28 países todos os meses, representativas da população adulta da União Europeia.
[Notícia atualizada às 23h15]
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