Portugal consegue os juros mais baixos de sempre no regresso aos mercados
A dívida a três meses foi vendida a um mínimo histórico e os investidores deram também sinais positivos nos títulos a 11 meses.
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Economia Mercado
A emissão de dívida portuguesa desta quarta-feira dificilmente podia ter corrido melhor. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública [IGCP] vendeu um total de 1,25 mil milhões de euros em Bilhetes do Tesouro a três e 11 meses, com a maturidade mais curta a registar a taxa de juro mais baixa de sempre.
Em Bilhetes do Tesouro a três meses, o IGCP conseguiu colocar as mãos de investidores um total de 300 milhões de euros a uma taxa média de -0,389%, a mais baixa alguma vez registada neste prazo. A procura foi mais de quatro vez superior à oferta, mas o limite superior previsto para a emissão de hoje não foi ultrapassado.
Na linha de Bilhetes do Tesouro a 11 meses foram vendidos 950 milhões de euros a uma taxa média de -0,325%, com a procura a ser 1,75 vezes superior à oferta.
Apesar das taxas de juro favoráveis, os 1,25 mil milhões de euros de dívida vendidos ficaram no limite inferior previsto para o leilão desta quarta-feira.
Num comentário à emissão de hoje, o diretor de gestão de ativos do Banco Carregosa salienta "mais um recorde" da dívida portuguesa nos mercados e não poupa elogios: "Já sabíamos que íamos ter taxas mais baixas do que as emissões comparáveis realizadas em julho, porque as taxas no mercado desceram desde essa altura. A procura foi muito elevada".
"A dívida a 11 meses também seguiu a tendência, beneficiando dos últimos acontecimentos da economia portuguesa e da melhoria do ciclo económico, incluindo a melhoria no rating. Portugal continua a conseguir emitir dívida, ou seja, a financiar-se a taxas negativas", explica Filipe Silva.
[Notícia atualizada às 11h10]
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