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Vodafone disponível para colaborar, mas não entra no negócio da Altice

O presidente executivo da Vodafone Portugal disse hoje que a operadora esta disponível para "colaborar" com os grupos de media portugueses, mas não para entrar no negócio, reiterando a sua oposição à compra da Media Capital pela Altice.

Vodafone disponível para colaborar, mas não entra no negócio da Altice
Notícias ao Minuto

15:52 - 03/10/17 por Lusa

Economia Empresas

Mário Vaz reiterou, num encontro com jornalistas, em Lisboa, que a compra da Media Capital, dona da TVI, pela Altice, proprietária da operadora de telecomunicações PT/Meo, não pode acontecer sob pena de prejudicar o país.

Questionado sobre um eventual acordo de partilha de conteúdos, caso o negócio se concretizasse, Mário Vaz afirmou: "Daquilo que ouvi no congresso [da APDC], a NOS também não pretende entrar nessa área [dos conteúdos] e a Vodafone desde sempre".

O presidente executivo da Vodafone Portugal prosseguiu: "Referimos que não iríamos estar no negócio dos conteúdos".

No entanto, "estaremos sim, na ótica de colaborar sempre" com os grupos de comunicação social em Portugal.

"Porque sabemos os desafios que se colocam aos grupos de media, estamos disponíveis para colaborar para que os grupos de media nacionais possam sobreviver, acima de tudo os conteúdos portugueses", o que "fica claramente em risco se esta aquisição fosse aprovada", salientou o gestor.

O negócio de compra da Media Capital pela Altice "não pode ser aprovado", já que os "clientes deixam de ter opção de escolha", continuou.

"A Vodafone já demonstrou ao longo dos anos que sabe adaptar-se, sabe responder aos desafios, não temos medo do que pode vir a acontecer, temos medo para o país, para a democracia, não acreditamos que vá para a frente", afirmou.

O presidente da Vodafone Portugal já foi ouvido sobre o negócio pelos reguladores e considera que a resposta "tem de ser um não" à operação, já que não há 'remédios' que possam saldar um resultado positivo neste negócio.

"É tanto o potencial de criatividade de remediar o remédio que, na prática, é um não remédio. Não acredito que esse cenário possa existir", disse, afirmando que nem sequer pensou sobre o que teria de dizer ao acionista da operadora caso o negócio viesse a concretizar-se.

"Não ponho essa hipótese", concluiu.

A Altice anunciou em 14 de julho, dois anos depois de ter comprado a PT Portugal (Meo), que tinha chegado a acordo com a espanhola Prisa para a compra da Media Capital, dona da TVI, entre outros meios, numa operação avaliada em 440 milhões de euros.

Em 19 de setembro, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) divulgou o seu parecer sobre a operação de concentração, considerando que a compra da Media Capital pela Altice não deverá ter lugar "nos termos em que foi proposta, pois "é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva" em vários mercados.

O parecer da Anacom não é vinculativo. Aguarda-se agora o parecer da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), esse sim vinculativo, que deverá ser conhecido até 10 de outubro.

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