Licitação de novos blocos foi um sucesso para Brasil e ExxonMobil
A consultora britânica Wood Mackenzie considera que a ronda de licitação para a exploração de novos blocos petrolíferos e de gás, rendendo mil milhões de euros, foi um sucesso para o Brasil e para a ExxonMobil.
© Lusa
Economia Consultora
"A 14ª ronda mostrou boas notícias para o Governo brasileiro de um ponto de vista orçamental e um resultado positivo para a Petrobras, já que estabeleceu uma forte parceria com a ExxonMobil para desenvolver o potencial no pré-sal", comentou o diretor de pesquisa para a América Latina da Woodmac, Horacio Cuenca.
Num comentário enviado aos analistas, e a que a Lusa teve acesso, Cuenca explica que a Petrobras "já tinha formado parcerias com operadores de classe mundial como a Shell, Total e Statoil", mas acrescenta que, para a petrolífera norte-americana, esta operação é ainda mais importante.
"Para a ExxonMobil, a falha na presença no pré-sal do Brasil era uma das maiores falhas no seu portefólio, principalmente agora que a Shell tem uma posição dominante neste mercado prolífero e relativamente barato face aos custos", acrescentou o analista da consultora escocesa detida pela gestora de risco Verisk Analytics.
O Brasil garantiu na semana passada 3,8 mil milhões de reais (cerca de mil milhões de euros) numa licitação de blocos de exploração de petróleo e gás promovida pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), no Rio de Janeiro.
Esta foi a maior receita da história nas rondas de licitação do setor, já que os 37 blocos nas áreas de exploração de petróleo e gás receberam ofertas cujos valores ficaram 1.556,05% acima do mínimo requerido.
O maior bónus de assinatura foi de cerca de 2,24 mil milhões de reais (600 milhões de euros) por áreas na Bacia de Campos, localizada no litoral do Estado brasileiro do Rio de Janeiro, que foram compradas pelo consórcio que juntou a Petrobras e a ExxonMobil.
Para além da presença numa área de grande potencial de exploração, a gigante petrolífera norte-americana consegue também "outro passo positivo para o reposicionamento do portefólio do petróleo, mais abaixo na curva dos custos de exploração", acrescenta a Woodmac.
A aposta em mercados mais competitivos e com custos de exploração mais baixos tem sido uma das principais preocupações das companhias petrolíferas num contexto de preços baixos e de corte nas despesas de prospeção e de exploração.
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