"A ideia surge no seguimento da análise que se tem feito à decadência cada vez maior dos mercados tradicionais porque as grandes superfícies acabam por anular a existência do comércio tradicional", revelou o responsável do projeto, Jorge Simões.

Segundo o responsável, uma das principais funções desta iniciativa é dar "visibilidade a micro e pequenas e médias empresas (PME's) que têm dificuldade em aceder a canais de comunicação tecnológicos" e angariar "novos clientes ao pequeno comércio".

Os principais objetivos do projeto constam de uma promoção do "comércio e serviços de proximidade" e em "contrariar a tendência de promoção exclusiva dos grandes grupos comerciais (...), em plataformas digitais".

Além de entrar em funcionamento em Lisboa, o OBP também será lançado em Berlim, na Alemanha, e em Madrid, Espanha.

Cada cidade tem uma metodologia diferente, sendo que, em Portugal, os membros da OBP optaram por uma "aplicação para desenvolver este projeto", enquanto Espanha decidiu "aderir ao telemarketing" e a Alemanha irá selecionar a "publicitação a nível de negócios de rádio", mencionou o responsável.

Em Portugal, o OBP selecionou um grupo de jovens universitários para andar pelas ruas de Lisboa a identificar empresas e negócios interessados em aparecer no mapa.

Para serem lançadas no mundo virtual, as empresas têm de facultar contactos e fotografias de fachada, entre outros.

Paralelamente à recolha de registos, o OBP lança em setembro uma campanha publicitária com o 'slogan': "Não deixe sair do mapa, quem o serve bem".

A campanha será também reforçada através das redes sociais e de um conjunto de parcerias institucionais para divulgação do projeto através de associações e autarquias.

Nesse sentido, a equipa do projeto está a tentar estabelecer uma parceria com a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e com as juntas de freguesia porque consideram que essa é uma "forma eficaz de chegar ao comércio tradicional".

A aplicação vai ser lançada para o público em geral numa conferência que se vai realizar no final de outubro, altura em que todos os interessados poderão identificar e marcar PME's e, posteriormente, serão beneficiados.

"Quando a aplicação for libertada para o público em geral o objetivo é que haja uma bonificação para cada registo e um prémio de retorno", admitiu o responsável do projeto, acrescentando que não acarreta qualquer custo para os comerciantes e gestores de PME's.