Rendas de lojas no centro de Lisboa aumentaram mais de 70% desde 2012
A oferta relativamente curta e a procura crescente fizeram os preços crescer a um ritmo galopante.
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Economia Comércio
Os mesmos espaços que custavam cerca de 75 euros por metro quadrado há cinco anos cutam hoje em dia 130 euros em média. Esta é a principal conclusão de um estudo da JLL sobre o mercado 'prime' do comércio lisboeta, utilizando como referência o Chiado.
Nos últimos cinco anos, as rendas dos espaços de comércio no centro da capital aumentaram em média cerca de 73%, com alguns casos a serem ainda mais impressionantes. As conclusões do estudo da consultora imobiliária foram apresentadas no Portugal Real Estate Summit, um evento que juntou cerca de 300 profissionais do imobiliário nacional e internacional no Estoril .
Olhando para a comparação com o ano passado, as subidas são também impressionantes: ""De acordo com o mais recente relatório de mercado da JLL, o Market 360º, a renda prime do comércio de rua no Chiado atingiu os 130 euros/m2/mês no 1º semestre de 2017, refletindo um crescimento de cerca de 8,5% face ao mesmo período de 2016 (120 euros/m2/mês). Na Baixa, o aumento foi um pouco mais acentuado (em torno dos 10%, de 90 euros/m2/mês para 100 euros/m2/mês), enquanto que nos restantes destinos de compras as rendas se mantiveram estáveis. A Avenida da Liberdade manteve o valor de referência nos 90 euros/m2/mês, o Príncipe Real nos 40 euros/m2/mês, o Cais do Sodré nos 35 euros/m2/mês e a Rua Castilho nos 30 euros/m2/mês".
Segundo Patrícia Araújo, head of retail da JLL, "a alteração à lei do Arrendamento Urbano no final de 2012 foi uma das principais razões" para o aumento significativo das rendas, uma vez que despertou o interesse das marcas. "O aumento do turismo em Lisboa, a reabilitação urbana que a cidade tem sido alvo e as próprias mudanças nos hábitos de consumo e um estilo de vida mais direcionado para a vivência de bairro" são as outras razões apontadas como causa para o aumento das rendas comerciais.
"É muito importante que continuem a existir condições para que o formato se mantenha interessante, especialmente de estabilidade legal, pelo que esperamos que as novas alterações aprovadas recentemente a esta Lei não tenham um impacto muito negativo na tendência crescente estabelecida no comércio de rua", avisou ainda assim Pedro Lencastre, diretor-geral da JLL.
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