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"Não podemos desprezar os que pagam mais impostos. Ainda bem que existem"

Manuela Ferreira Leite comentou, esta quinta-feira à noite na antena da TVI24, o anúncio de alteração dos escalões do IRS feito por Mário Centeno.

"Não podemos desprezar os que pagam mais impostos. Ainda bem que existem"
Notícias ao Minuto

23:35 - 21/09/17 por Patrícia Martins Carvalho

Economia Ferreira Leite

Para Manuela Ferreira Leite a proposta apresentada pelo ministro das Finanças “distorce” aquele que é o sistema do IRS. Apesar de ver “como lógico que se pretenda baixar o nível de IRS, porque está elevado há muito tempo”, a antiga ministra das Finanças tem “fortíssimas preocupações e muitas dúvidas se se devem introduzir entorses naquilo que é a estrutura do IRS à conta de se tentarem introduzir alterações que distorcem todo o sistema”.

No seu comentário semanal, Manuela Ferreira Leite explicou que esta proposta pretende colocar o primeiro escalão do IRS a pagar menos impostos, mas esta decisão não se aplica aos restantes escalões. E, por isso, a especialista lembra que “não podemos desprezar os que pagam muitos impostos”.

Não podemos prescindir destas pessoas porque são elas a grande fonte de receita do Estado que é para pagar despesas em serviços públicos que são destinados aos mais desfavorecidos”, explicou.

A comentadora considerou ainda que esta decisão de criar um subescalão pode levar as pessoas a não quererem ganhar mais para não terem que pagar mais, uma vez que ao subir o rendimento sobem também de escalão de IRS e, assim, não são englobados no benefício.

“Os fornecedores do Estado estão à espera que lhes paguem”

Ainda a propósito das contas do Estado, Manuela Ferreira Leite lembrou que o atual Orçamento do Estado foi “muito conseguido na base de reduzir despesas nos chamados consumos intermédios”, o que não engloba investimento ou salários. Mas engloba as dívidas aos fornecedores, nomeadamente aos fornecedores do Sistema Nacional de Saúde que “estão à espera que lhes paguem”.

E isto pode ser um ‘tiro no pé’ uma vez que estes fornecedores são, na maioria dos casos, pequenas e médias empresas que, ao não receberam os respetivos pagamentos por parte do Estado, ficam com “enormes problemas de tesouraria”.

“Ao terem problemas de tesouraria os pagamentos de impostos ficam em atraso, os pagamentos à Segurança Social ficam em atraso, o que pode significar perda de receita para o Estado”, explicou.

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