Ofensiva da moda, design e decoração deve posicionar-se como gama alta
A indústria portuguesa da moda, 'design' e decoração deve apostar num posicionamento de gama alta, defende o secretário de Estado da Internacionalização, que está a acompanhar a ofensiva comercial no Festival do Design e Semana da Moda de Londres.
© Global Imagens
Economia Governo
Mais de 50 empresas da indústria portuguesa da decoração de interiores vão participar nos diversos eventos do Festival do Design de Londres desta semana, juntando-se a outras 20 marcas que fazem parte da missão da Portugal Fashion na Semana da Moda de Londres.
O Festival, que começou no sábado e prolonga-se até domingo, é um acontecimento anual que abrange centenas de iniciativas em vários locais da cidade relacionadas com o 'design' contemporâneo, incluindo feiras profissionais, debates, exposições e instalações.
Entre as empresas portuguesas estão marcas de mobiliário, iluminação e outros acessórios de decoração, têxteis, papel de parede, azulejos e elementos arquitetónicos, talheres, cerâmica ou adereços como autocolantes e cabides.
A AICEP organizou o pavilhão na London Design Fair Inspiring Portugal e curado pelo 'designer' Marco Sousa Santos com 12 marcas, enquanto outros espaços e iniciativas envolveram a Associação Portuguesa da Indústria da Cerâmica (APICER), Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA) e Associação Portuguesa dos Industriais de Mármores, Granitos e Ramos Afins (Assimagra).
O governante chegou na segunda-feira, tendo visitado o evento 'Open House' da Portugal Fashion e AICEP na Embaixada de Portugal, tendo hoje previsto uma série de encontros com investidores estrangeiros.
Até quinta-feira, acompanhará a presença nacional no London Design Festival, incluindo uma exposição de vinte trabalhos feitos com calcário e mármore portugueses por nove arquitetos e 'designers' nacionais e internacionais no Museu do Design de Londres.
"Não é muito usual termos esta capacidade de termos ao mesmo tempo este conjunto de sectores do mobiliário, design e moda, num período de 3-4 dias, mas também numa expressão numérica muito relevante", disse Eurico Brilhante Dias.
A sua participação, justificou, vem "dar expressão política à opção das associações e das empresas, que permite dar visibilidade, reforçar a opção que muitas delas tiveram pelo mercado do Reino Unido, reforçar a procura de novos clientes, de novos agentes, de novos distribuidores".
O secretário de Estado acredita que esta "ofensiva" ilustra aquela que deve ser a estratégica correta da indústria portuguesa no Reino Unido, quarto principal mercado para as exportações nacionais.
"Precisamos de continuar a subir na cadeia de valor para podermos aumentar a produtividade do trabalho em Portugal. Só conseguiremos melhorar a produtividade aparente do trabalho em Portugal se continuarmos a procurar mercados sofisticados, que exigem valor, que podem remunerar bem as exportações portuguesas", enfatizou.
O Governo quer ver este tipo de "coordenação e cooperação intersectorial" noutros países para que a percepção de valor passe não só para parceiros comerciais, mas igualmente para os consumidores locais.
"O 'made in Portugal' pode valer mais se nós coletivamente formos capazes de mostrar a nossa grande capacidade de fazer bem e com elevada qualidade", acrescentou o governante.
O secretário de Estado da Internacionalização reiterou a convicção de que 2017 será mais um ano de exportações recorde de bens e serviços, ultrapassando ou aproximando-se dos 40% de exportação de bens e serviços no Produto Interno Bruto.
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