Inspeção das Atividades Económicas já fechou 217 estabelecimentos
A Inspeção Nacional das Atividades Económicas (INAE) de Moçambique encerrou 217 estabelecimentos por graves "problemas de higiene e limpeza" desde o início do ano, disse hoje a inspetora-geral, Rita Freitas.
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Economia Moçambique
De janeiro a setembro, o INAE inspecionou 13.589 estabelecimentos em todo o país, tendo ordenado 217 encerramentos, a maioria dos ramos de hotelaria, restauração e comércio.
"Foram encerrados porque apresentavam condições inaceitáveis" e perigosas "para a saúde pública", precisou Rita Freitas, em conferência de imprensa, em Chimoio, província de Manica, centro de Moçambique, onde uma missão da instituição esta a realizar trabalhos inspetivos.
O mais recente encerramento, disse, ocorreu em Chimoio: um matadouro estatal estava a funcionar sem ligação à rede de esgotos e deixava o sangue e resíduos dos animais mortos "escorrerem para a via pública".
Um cheiro nauseabundo denunciava a falta de condições.
"Foi chocante" referiu Rita Freitas, acrescentando que os animais eram abatidos no chão e com recursos a facas, sujeitando-os a muito sofrimento até à morte.
A inspetora-geral do INAE recomendou a construção de um novo matadouro caso o Estado queira continuar a explorar o sector.
A responsável disse ainda que durante o trabalho da missão em Manica, de 12 a 15 de setembro, foram inspecionados 29 estabelecimentos, tendo sido ordenada a incineração de vários produtos sem condições de consumo, em hotéis, restaurantes e até em supermercados.
Disse ainda que em vários hotéis eram servidas refeições congeladas, guardadas em sacos de plástico e tigelas e que muitos produtos frescos não eram separados por espécie.
Rita Freitas lamentou a presença massiva de menores em clubes noturnos, tendo recomendado os proprietários a respeitarem a legislação sobre as restrições a menores de 18 anos.
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