Montepio "beneficiaria claramente" de ter outros acionistas
O secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, afirmou hoje que o Montepio "beneficiaria claramente de ter, além da Associação Mutualista, outros acionistas que pudessem ter responsabilidades".
© Ministério das Finanças
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Estas afirmações surgem no dia em que foram divulgados os resultados da Oferta Pública de Aquisição (OPA) voluntária em que o Montepio Geral Associação Mutualista (MGAM) passou a controlar 98,28% do Fundo de Participação da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG).
O Montepio "é uma instituição que beneficiaria claramente de ter, além da Associação Mutualista, outros acionistas que pudessem ter responsabilidades", disse o secretário de Estado num encontro com jornalistas no Ministério das Finanças, em Lisboa, pouco antes de os resultados da OPA terem sido anunciados.
"As condições e o interesse de diversificação continuam a existir e acho que é útil. É evidente que é preciso encontrar um parceiro que tenha interesse, há alguns parceiros que mostraram interesse e estão a olhar para o banco e podem a qualquer momento manifestar esse interesse", acrescentou.
Para o governante, "se houver instituições que estejam a olhar para o banco que permitam tornar a base de acionistas mais alargada, isso é bom de vários pontos de vistas, nomeadamente do ponto de vista do capital e da governação".
Numa sessão especial de mercado regulamentado na Euronext Lisboa, que contou com a presença do presidente da associação mutualista, António Tomás Correia, e do presidente do banco mutualista, José Félix Morgado, foram anunciados os resultados da OPA lançada em julho e que fez com que a Associação Mutualista controle 98,28% do Fundo de Participação da CEMG.
"O sucesso da operação está bem patente nos resultados obtidos", assinalou Tomás Correia, apontando para a complexidade da OPA e para o facto de a associação passar a controlar "quase 100%" do capital do banco mutualista.
A MGAM adquiriu 44.209.580 unidades de participação através do Serviço de Centralização de Bolsa, correspondentes a 11,05% do Fundo de Participação, mais 7.168.774 unidades de participação em mercado (1,79%), tendo gasto, com o valor de referência de um euro por unidade de participação, mais de 50 milhões de euros nesta operação.
Uma vez que a associação já controlava 85,43% do Fundo de Participação da CEMG, com os 12,84% adquiridos durante o período da OPA, passou a deter 98,28% deste instrumento.
Apenas 1,72% do fundo não foi adquirido nesta oferta, ou seja, 6.897.008 unidades de participação.
Certo é que, após a OPA, a CEMG não se mantém no PSI20 e a sua exclusão produz efeitos já no dia 12 de setembro (terça-feira), conforme determinou a gestora da bolsa portuguesa.
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