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Associação Montepio fica com 98% do fundo da Caixa Económica após OPA

A Montepio Geral Associação Mutualista (MGAM) passou a controlar 98,28% do Fundo de Participação da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) após a Oferta Pública de Aquisição (OPA) voluntária que lançou no início de julho.

Associação Montepio fica com 98% do fundo da Caixa Económica após OPA
Notícias ao Minuto

18:37 - 11/09/17 por Lusa

Economia Banca

Os resultados da OPA foram hoje divulgados em sessão especial de mercado regulamentado na Euronext Lisboa, numa sessão que contou com a presença do presidente da associação mutualista, António Tomás Correia, e do presidente do banco mutualista, José Félix Morgado.

"O sucesso da operação está bem patente nos resultados obtidos", assinalou Tomás Correia, apontando para a complexidade da OPA e para o facto de a associação passar a controlar "quase 100%" do capital do banco mutualista.

A MGAM adquiriu 44.209.580 unidades de participação através do Serviço de Centralização de Bolsa, correspondentes a 11,05% do Fundo de Participação, mais 7.168.774 unidades de participação em mercado (1,79%), tendo gasto, com o valor de referência de um euro por unidade de participação, mais de 50 milhões de euros nesta operação.

Uma vez que a associação já controlava 85,43% do Fundo de Participação da CEMG, com os 12,84% adquiridos durante o período da OPA passou a deter 98,28% deste instrumento.

Apenas 1,72% do fundo não foi adquirido nesta oferta, ou seja, 6.897.008 unidades de participação.

Certo é que, após a OPA, a CEMG não se mantém no PSI20 e a sua exclusão produz efeitos já no dia 12 de setembro (terça-feira), conforme determinou a gestora da bolsa portuguesa.

Mais, a negociação das unidades de participação vai ser suspensa também já na terça-feira.

De resto, "no pressuposto que o registo comercial da transformação [da CEMG] em sociedade anónima é obtido em 14 de setembro, as unidades de participação serão excluídas em 15 de setembro", lê-se no documento libertado durante a sessão especial de bolsa que hoje decorreu.

Após a transformação do banco mutualista em sociedade anónima, a acionista (MGAM) poderá lançar uma OPA potestativa de forma a adquirir os títulos que não foram comprados no âmbito da OPA.

Na sessão especial de bolsa, Tomás Correia vincou que, no seu entender, o Fundo de Participação da CEMG, lançado há quatro anos, "apareceu no momento errado", considerando que, apesar de se tratar de um "instrumento interessante para o financiamento de este tipo de instituições", o mesmo poderia ter sido lançado "muitos anos antes", já que, quando foi criado, o país atravessava já uma "grave crise financeira".

Isto, aliado ao facto de o fundo não ter rendimento garantido para os seus subscritores tornou-o pouco atrativo, admitiu o líder da MGAM, falando mesmo de uma situação desconfortável ao longo dos quatro anos que o instrumento existiu.

"Estamos muito satisfeitos por chegar a esta fase", frisou, ainda que realçando que há um "lado negativo", que se prende com a saída de mais um título da bolsa portuguesa.

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