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Mudanças no Montepio: OPA da Associação Mutualista foi "um sucesso"

Acabado o prazo da oferta, tudo correu como se previa. A partir de agora, inicia-se um processo de transformação no banco privado.

Mudanças no Montepio: OPA da Associação Mutualista foi "um sucesso"
Notícias ao Minuto

16:39 - 11/09/17 por Bruno Mourão com Lusa

Economia Banca

A Oferta Pública de Aquisição da Associação Mutualista Montepio à Caixa Económica Montepio Geral [CEMG] está concluída e os resultados não deixam margem para dúvidas: "A Oferta Pública Geral e Voluntária de Aquisição (OPA) sobre as Unidades de Participação (UPs) representativas do Fundo de Participação da CEMG não detidas pela Associação Mutualista Montepio terminou na passada sexta-feira, dia 8, com a Associação Mutualista Montepio a atingir um total de mais de 393 milhões de UPs, ou seja, 98,3% da totalidade do Fundo de Participação da CEMG (considerando as UPs detidas antes da OPA)".

Num comunicado enviado esta tare para a Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários, o Grupo Montepio anunciou a conclusão da Oferta, com o presidente Tomás Correia a fazer um balanço muito positivo: "«Apurados os resultados da OPA, somos a concluir pelo seu inquestionável sucesso. Todos estão de parabéns: os nossos Clientes, os nossos Associados, os Investidores que detinham as Unidades de Participação, os nossos Colaboradores e os Órgãos Sociais que tomaram tão importantes decisões".

"Conforme descrito nas deliberações sobre a operação e no prospeto da OPA, até ao final desta semana deverão estar concluídos os procedimentos legais para a transformação da CEMG em Sociedade Anónima. Com a formalização da escritura pública de transformação, a CEMG passará a ter o seu capital social representado por ações ordinárias. Considerando que a Associação Mutualista detém a totalidade do capital institucional da CEMG (€2.020M) e o resultado da OPA acima referido, a Associação Mutualista passará a deter praticamente a totalidade do capital social da CEMG (cerca de 2.413 milhões de ações, a que corresponde uma participação direta de 99,7%)", lembra o comunicado, elencando os vários passos necessários para garantir o futuro do grupo Montepio.

"Conforme também antecipado no Prospeto de OPA, dada a substituição das UPs por ações ordinárias no capital social da CEMG na sequência da sua transformação em sociedade anónima, a Associação Mutualista Montepio dará uma ordem permanente de compra fora de mercado regulamentado que tenha por objeto tais ações. A ordem permanente de compra estará em vigor desde o dia seguinte ao registo comercial da transformação até à publicação da decisão da CMVM sobre o requerimento de perda da qualidade de sociedade aberta da CEMG, a apresentar após a Assembleia Geral de Acionistas da CEMG acima referida."

"Caso seja deferido, pela CMVM, o requerimento de perda da qualidade de sociedade aberta da CEMG, a Associação Mutualista Montepio dará cumprimento às obrigações legais previstas no Código dos Valores Mobiliários, onde se inclui a obrigação de aquisição das ações da CEMG pertencentes aos acionistas que não votem favoravelmente a deliberação de perda de qualidade de sociedade aberta."

"Finalmente, e uma vez concluído o processo de aquisição de ações da CEMG no âmbito da perda de qualidade de sociedade aberta da caixa económica, a Associação Mutualista Montepio poderá, cumpridos os requisitos legais e se assim for o entendimento dos seus órgãos estatutários, tomar a iniciativa de avançar com a aquisição tendente ao domínio da totalidade (100%) do capital social da CEMG, ao abrigo do Código das Sociedades Comerciais", pode ler-se no comunicado.

Recorde-se que a oferta arrancou a 14 de agosto e as ordens de venda das unidades de participação foram dadas até sexta-feira às 15h30 (hora de Lisboa), oferecendo a associação mutualista um euro por cada unidade de participação (o mesmo preço a que foram emitidas).

Quando a OPA foi anunciada, em 4 de julho, os títulos do Montepio fecharam a 0,497 euros e logo na sessão seguinte subiram para o preço da OPA. As unidades de participação do fundo de participação da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) não são ações, mas estão cotadas em bolsa e incluídas no PSI 20.

A Associação Mutualista Montepio Geral disse, no anúncio da OPA, ser sua intenção promover o mecanismo de perda da qualidade de sociedade aberta, pelo que caso a OPA vá avante e tenha sucesso os títulos da CEMG deixarão de ser cotados em bolsa.

Na operação, a associação mutualista previa gastar cerca de 86 milhões de euros tendo em conta as Unidades de Participação da Caixa Económica Montepio Geral que não estão nas suas mãos.

A Associação Mutualista é o topo do Grupo Montepio e tem como principal empresa subsidiária a CEMG, que desenvolve o negócio bancário. Ao que tudo indica, esta OPA tem como objetivo preparar a nova fase do banco mutualista.

É conhecido que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa pode vir a entrar no capital da Caixa Económica, deixando a totalidade do capital social de ser propriedade da Associação Mutualista.

A CEMG teve lucros de 13 milhões de euros entre janeiro e junho deste ano, que compara com o prejuízo de 68 milhões de euros registados no primeiro semestre de 2016.

[Notícia atualizada às 16h50]

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