Meteorologia

  • 20 ABRIL 2024
Tempo
19º
MIN 15º MÁX 23º

Cosec: Há muito trabalho para se conseguir enfrentar uma futura crise

Uma década após o início da crise financeira global "ainda há muito trabalho a fazer para se conseguir enfrentar uma futura crise" ao nível da prevenção, regulação e mudança de comportamentos, sinalizou hoje a seguradora de créditos Cosec.

Cosec: Há muito trabalho para se conseguir enfrentar uma futura crise
Notícias ao Minuto

15:11 - 07/09/17 por Lusa

Economia Recuperação

Num comentário com base numa análise económica realizada pelo seu acionista Euler Hermes, a Cosec considera que a recuperação de uma das maiores crises financeiras da história "começa a ganhar força".

"Nestes dez anos, várias foram as decisões que ajudaram a atingir a vigente estabilidade. Contudo, há ainda muito trabalho a fazer para se conseguir enfrentar uma futura crise", aponta a seguradora de créditos.

Segundo os responsáveis pela análise económica, "muitas lições foram aprendidas desde agosto de 2007 e, mesmo nos piores momentos da crise, há muitos aspetos a valorizar nas decisões dos líderes mundiais".

No entanto, acrescenta, passada uma década desde o início da crise, há ainda muito a fazer para manter a economia mundial na sua trajetória ascendente, e para garantir que o mundo está preparado "para enfrentar futuros tumultos".

A Cosec aponta assim três objetivos que considera que o mundo ainda tem de alcançar: restabelecer a prevenção multilateral, melhorar a regulação e mudar comportamentos.

Para a seguradora de créditos, o G20 tem vindo a perder parte da sua força nos últimos anos, à medida que os riscos aumentam.

"Desde a dívida elevada à política monetária experimental, passando pelo risco político e pelo protecionismo - incluindo o protecionismo financeiro -, o mundo deve enfrentar estes desafios de forma proativa para evitar um maior afastamento. As entidades multilaterais devem fomentar políticas de coordenação, evitar reformas incompletas, e continuar a promover a utilização responsável das finanças, bem como o seu acesso, mantendo o nível de alerta e preparação para a próxima crise", refere.

Em segundo lugar, refere, a regulação deve ser melhorada de forma global.

"A recuperação no sistema bancário tem ocorrido de forma desequilibrada. Alguns bancos continuam descapitalizados ao mesmo tempo que continuam a existir empréstimos maus. Além disso, a delimitação dos ativos fortaleceu a ligação entre os bancos e os governos", refere.

Nos EUA, continua, a regulação financeira poderá ser reforçada numa altura de liquidez sem precedentes, criando novos riscos financeiros.

"De facto, um impulso de regulação assimétrica poderá criar competição desnecessária, especulação excessiva e comportamentos de elevado risco. Os vazios na regulação são tantos -- por exemplo, os bancos sombra, nomeadamente nos mercados emergentes, e as responsabilidades não cobertas nos fundos de pensões públicos -- tendo a regulamentação excessiva também promovido o excesso de poupanças e inibido o crescimento dos investimentos", considera.

Em relação à mudança de comportamentos, a análise da Cosec/Euler Hermes refere que "o stresse financeiro é evidente um pouco por todo o lado", seja ao nível da dívida pessoal como ao nível dos mercados das obrigações soberanas, passando pela volatilidade das classes de ativos.

"A resultante complexidade poderá trazer uma falsa sensação de segurança. Haverá sempre incerteza. A simplicidade, o pensamento crítico e, em parte, a autorregulamentação deverão complementar as mudanças regulamentares", considera.

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório