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A história do empresário que paga muito bem e não quer trabalho extra
No mundo da moda de luxo, um nome destaca-se pela política laboral humanista e pelo apoio às artes. Conheça Brunello Cucinelli.
© Getty Images
Economia Empresas
Ralph Lauren, Dolce & Gabbana, Armani, Versace... há muitos nomes da moda mais conhecidos do que aquele que lhe vamos mostrar, mas nenhuma história do setor bate a filosofia profissional de Brunello Cucinelli.
Formado em topografia nos anos 70, Brunello seguiu o caminho da engenharia, mas nunca sentiu paixão pelo trabalho. Em 1978, contratou dois funcionários e fundou uma marca de roupa de nome próprio, com o objetivo de vender pullovers feitos em lã de caxemira. Quase 40 anos depois, a marca conta com 122 lojas em todo o mundo e mais de mil empregados que garantem cerca de 450 milhões de euros de faturação anual e um crescimento a rondar os 10%.
O mais impressionante na história da empresa e do próprio Brunello Cucinelli é a política humanista do fundador, que inclui alguns benefícios únicos. Por exemplo, no que toca ao horário, todos os trabalhadores saem no máximo às 17h30, sem exceção; as horas extras não existem e Brunello não quer que os funcionários atendam qualquer telefonema nem leiam qualquer e-mail profissional fora do horário de trabalho.
Os ordenados são 20% acima da média do setor da moda e os trabalhadores recebem um 'subsídio' de cultura: os solteiros podem receber um reembolso de até 500 euros pelos gastos em livros, cinema, teatro e outros eventos culturais, e os casados podem receber até mil euros.
O agora multimilionário comprometeu-se também a recuperar a vila de Solomeo, onde nasceu e fundou a empresa, e ao longo dos anos foi cumprindo a promessa com a fundação de uma escola, a melhoria das estradas e das iluminações públicas e até a recuperação de palácios históricos.
Veja na galeria algumas das peças de Brunello Cucinelli.
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