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Brasil e China assinam 14 acordos, incluindo linha de crédito

Brasil e China assinaram hoje 14 acordos de cooperação, incluindo a abertura de uma linha de crédito de três mil milhões de dólares, no arranque da visita do Presidente brasileiro, Michel Temer, ao país asiático.

Brasil e China assinam 14 acordos, incluindo linha de crédito
Notícias ao Minuto

15:36 - 01/09/17 por Lusa

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Na sua segunda deslocação à China desde que ascendeu ao poder, o Presidente do Brasil veio à procura de investidores chineses para o mais ambicioso projeto de privatizações do país em 20 anos, que inclui portos, estradas e aeroportos.

Temer foi recebido pelo seu homólogo chinês, Xi Jinping, no Grande Palácio do Povo, no centro de Pequim, depois de uma cerimónia de boas vindas com guarda de honra, salvas de canhão e o hino nacional dos dois países tocado por uma banda militar.

Três dezenas de crianças, agitando ramos de flores, saudaram os dois presidentes.

Os dois líderes presidiram à assinatura de quatorze acordos, com destaque para uma futura linha de crédito de 3.000 milhões de dólares (2.524 milhões euros), assinada entre o Banco de Desenvolvimento da China e o seu homólogo brasileiro, o BNDES.

Os acordos preveem ainda a construção de infraestruturas no Brasil, por empresas chinesas, como a construção da linha ferroviária Bamin-Fiol-Porto do Sul ou a rede de transmissão de energia em alta tensão entre Xingu, no estado de Mato Grosso, e o Rio de Janeiro, pela State Grid, a acionista chinesa da REN.

Destaque ainda para a construção de um terminal no Porto de São Luís, pela China Communication and Construction, no valor de 589 milhões de euros, e a participação chinesa na planta nuclear Angra III.

Os acordos abrangem ainda coprodução cinematográfica, futebol, proteção de investimento, saúde, comércio eletrónico e facilitação de vistos para negócios e turismo.

O montante global dos acordos não foi anunciado, mas fontes diplomáticas brasileiras avançaram aos jornalistas que este pode ascender a 10.000 milhões de dólares (8.421 milhões de euros).

Em declarações aos jornalistas, o vice-diretor para a América Latina e o Caribe do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Zhang Run, apontou as relações entre os dois países como um modelo de cooperação entre grandes economias emergentes.

"As relações entre o Brasil e a China tornaram-se uma das mais importantes e dinâmicas relações bilaterais no mundo de hoje entre duas economias emergentes", disse.

Zhang considerou que os acordos assinados em Pequim e a visita de Estado de Temer "elevam a coordenação entre Brasil e China para um novo patamar".

A China é o principal mercado das exportações brasileiras de soja, ferro, frango e bife.

O país asiático tornou-se, em 2009, o principal parceiro económico do Brasil, ultrapassando os Estados Unidos, e o seu maior investidor externo.

Para além de Xi Jinping, o Presidente brasileiro reuniu-se ainda com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, e o presidente do principal órgão de consulta do Governo chinês, Yu Zhengsheng.

Temer parte sábado para Xiamen, cidade na costa leste da China, onde participará na nona cimeira do bloco de grandes economias emergentes BRICS, que conta com a participação dos líderes da Rússia, Índia, China e África do Sul.

A comitiva de Temer na China inclui sete ministros e onze parlamentares federais

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