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Produção de petróleo na Guiné Equatorial cai e investidores afastam-se

A consultora BMI Research considera que a exploração de petróleo na Guiné Equatorial cair para 234 mil barris por dia em 2021, afastando os potenciais investidores devido às debilidades da política fiscal e ambiente empresarial.

Produção de petróleo na Guiné Equatorial cai e investidores afastam-se
Notícias ao Minuto

07:57 - 21/08/17 por Lusa

Economia Consultora

"A produção de petróleo na Guiné Equatorial vai ter taxas de declínio menores nos próximos anos devido a ter vários projetos mais pequenos, mas os poços já quase esgotados e a falta de novas descobertas significantes vão continuar a fazer descer os volumes de produção", escrevem os analistas desta consultora do Grupo Fitch.

Na análise do terceiro trimestre ao setor do petróleo e gás no país, a que a Lusa teve acesso, a BMI Research diz que "na ausência de melhoramentos significativos em termos fiscais e mais estabilidade regulatória, o país vai ser incapaz de captar investimentos para explorar as suas águas profundas".

A consultora antecipa que este ano a produção desça para 256 mil barris por dia, e depois para 251,4 mil em 2018 e 247 mil barris de petróleo por dia em 2019, diminuindo ainda mais para 233,9 mil em 2021, o último ano da análise, o que torna a captação de novos investidores uma tarefa fundamental para um país que depende fortemente das receitas petrolíferas para equilibrar o orçamento.

A forte queda dos preços do petróleo e a expetativa de que continuem baixos nos próximos anos, à volta dos 70 dólares, faz com que as receitas tenham passado de 9,3 mil mihões de dólares em 2014 para 3,82 mil milhões no ano passado e menos de 5 este ano.

Entre as principais vantagens do país, os analistas da BMI Research apontam a presença contínua de várias multinacionais e a existência de gás natural, o que torna o arquipélado num dos poucos países da África subsaariana com esta matéria-prima.

As fraquezas que os analistas encontram no país, no entanto, limitam o potencial das vantagens: "Apesar da contínua exploração e de novos poços entraram em funcionamento nos próximos anos, a produção de petróleo vão continuar numa tendência decrescente até ao final de 2020", dizem.

A "corrupção e a falta de transparência" e a inexistência de uma unidade de refineração do petróleo encontrado são outras das fraquezas encontradas na análise da BMI Research, que aponta ainda os perigos da pirataria no Golfo da Guiné, a retração nos investimentos internacionais motivados pelos preços baixos do petróleo e as "dificuldades económicas, que podem desencadear uma crise económica e política".

O relatório aponta, por último, algumas oportunidades para o mais recente membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e também da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP): o país pode atratir empresas que querem poucos riscos e reduzir os custos num ambiente operacional menos rentável, argumenta a BMI Research.

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