"Economia tem de crescer 1,3% para chegar a níveis anteriores ao resgate"
O economista João Borges Assunção estima que, depois do crescimento de 1,4% até junho, a economia "precisa de crescer apenas 1,3% para chegar aos níveis do terceiro trimestre de 2010", antes do início do programa de resgate.
© Reuters
Economia Borges Assunção
A economia portuguesa cresceu 2,8% no segundo trimestre face ao mesmo período do ano passado e 0,2% em relação ao trimestre anterior, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgada hoje, um desempenho que é ligeiramente inferior à média das previsões dos analistas contactados pela Lusa (3% em termos homólogos e 0,4% em cadeia).
Numa nota enviada hoje à Lusa, o coordenador do Núcleo de Estudos da Conjuntura da Economia Portuguesa (NECEP), da Universidade Católica, afirma que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2017 "está em linha com a dinâmica recente da economia portuguesa".
O professor Borges Assunção considera, por isso, que "o soluço [do crescimento] em cadeia parece refletir apenas efeitos pontuais" e antecipa que, depois de um crescimento de 1,4% na primeira metade do ano, "a economia precisa de crescer apenas 1,3% para chegar aos níveis do 3.º trimestre de 2010 antes do início do programa de ajustamento económico-financeiro".
Sublinhando que os dados do INE indicam que "o investimento continuou a acelerar e que deu um contributo positivo para crescimento do PIB" e que "a procura externa líquida registou um contributo ligeiramente negativo" e que "as exportações desaceleraram", o académico refere que este "maior crescimento do investimento é um sinal positivo" e que "o contributo ligeiramente negativo da procura externa líquida não preocupa tendo em conta o contributo positivo do trimestre anterior".
Neste sentido, o NECEP continua a antecipar "a continuação da recuperação da economia portuguesa" e o ponto central da previsão de crescimento para este ano permanece nos 2,7%.
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