Se recebeu esta mensagem da MEO, saiba que a Deco diz que é ilegal
A DECO considerou hoje ilegal a campanha que a Meo está a fazer, na qual oferece Internet aos clientes em agosto, mas obriga a pagar após essa data se não rescindirem, e já denunciou o caso ao regulador ANACOM.
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Economia Telecomunicações
Segundo disse à Lusa Ana Sofia Ferreira, da associação de defesa do consumidor, nos últimos dias a DECO tem recebido dezenas de contactos e queixas a propósito da mensagem telefónica (SMS) que a Meo tem enviado a clientes na qual anuncia que atribui dois Gigabytes (2GB) adicionais de internet até 31 de agosto e que após essa data os clientes podem manter esse 'plafon' de internet extra por 3,98 euros por mês, sem fidelização.
Já no fim da SMS, a Meo diz que, se o cliente "preferir não beneficiar destas vantagens" deve ligar "grátis [para o número] 800200023".
Segundo a responsável da Deco, é aqui que está o problema: "Não são os clientes que têm de cancelar um serviço não solicitado", afirmou.
Ana Sofia Ferreira explicou que a lei proíbe "claramente" às operadoras a cobrança de qualquer serviço não solicitado e que a ausência de resposta do consumidor não vale como consentimento, pelo que a Meo não pode a partir de 31 de agosto cobrar 3,98 euros por um serviço que os clientes não pediram, mesmo se estes não o cancelarem entretanto.
"A Meo pode oferecer, não pode é cobrar", sublinhou.
A Deco diz que já enviou uma denúncia ao regulador das telecomunicações, a ANACOM - Autoridade Nacional de Comunicações, a quem pede o sancionamento da Meo e que corrija a prática.
A responsável da Deco disse ainda que, no caso dos clientes que contactaram a operadora para cancelar o serviço a partir da data em que teriam de pagar, houve relatos de problemas no cancelamento, uma vez que é um atendedor automático que recebe as chamadas, que é confusa a forma de cancelamento e que ficaram ser ter a certeza se o serviço foi efetivamente cancelado.
A Lusa contactou fonte oficial da Meo, mas até ao momento não obteve resposta.
A Meo pertence à PT Portugal, detida pela francesa Altice.
A Altice tem intenção de, no próximo ano, fazer desaparecer as marcas PT e Meo, passando a designar-se Altice.
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