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Novo Banco reduz prejuízo para 290,3 milhões de euros no 1.º semestre

O Novo Banco teve prejuízos de 290,3 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, uma melhoria face aos 362,6 milhões de euros negativos registados entre janeiro e junho do ano passado, divulgou hoje em comunicado ao mercado.

Novo Banco reduz prejuízo para 290,3 milhões de euros no 1.º semestre
Notícias ao Minuto

18:37 - 28/07/17 por Lusa

Economia Resultados

Na informação divulgada através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo bancário nascido com a resolução do BES, em agosto de 2014, destacou que o resultado operacional (antes de imparidades e impostos) foi positivo em 171,5 milhões de euros, um aumento de 20,5% face ao mesmo período de 2016, considerando que é "demonstrativo da capacidade de geração de resultados por parte do grupo Novo Banco".

Já as imparidades e provisões totalizaram 413,1 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano, uma redução de 28,4% face ao total de 576,7 milhões de euros contabilizado no período homólogo de 2016.

O montante afeto a provisões inclui 258,3 milhões de euros para crédito, 44,8 milhões de euros para títulos (dos quais 30,2 milhões de euros para fundos de reestruturação) e 109,9 milhões de euros para outros ativos e contingências, dos quais 40 milhões de euros para operações em descontinuação e 39,1 milhões de euros de provisões para reestruturação, enumera o Novo Banco.

Quanto aos gastos, os custos operativos diminuíram 12,8% para 265,2 milhões de euros.

"Estes resultados evidenciam o enorme esforço de reestruturação do banco, quer no aumento dos resultados operacionais, quer na redução continuada de custos", disse o presidente do Novo Banco, António Ramalho, citado no comunicado.

Já o produto bancário comercial ascendeu a 367 milhões de euros, abaixo do registado no primeiro semestre de 2016 (-9,1%), "influenciado pela redução observada no resultado financeiro (menos 19,6%) a qual absorveu a totalidade da melhoria nas comissões obtidas nos serviços prestados a clientes (mais 10,5%)".

Segundo a informação prestada ao mercado, as comissões da prestação de serviços bancários a clientes "têm vindo a evoluir de forma positiva com um contributo de 156,3 milhões de euros para o resultado", mais 10,5% do que os 141,5 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado.

O Novo Banco pagou 49,2 milhões de euros em impostos no primeiro semestre deste ano, dos quais 30,9 milhões correspondentes à Contribuição do Setor Bancário.

O Novo Banco foi criado aquando da resolução do Banco Espírito Santo (BES), em 03 de agosto de 2014, como banco de transição, sendo detido na totalidade pelo Fundo de Resolução, entidade detida pelos bancos do sistema, mas gerido pelo Banco de Portugal (BdP).

Em março, foi assinado o contrato de promessa de compra e venda entre o Fundo de Resolução (atual acionista único do Novo Banco) e o fundo norte-americano Lone Star, que prevê que o Novo Banco seja alienado em 75%, mantendo o Fundo de Resolução 25%.

A Lone Star não pagará qualquer preço, tendo acordado injetar 1.000 milhões de euros no Novo Banco para o capitalizar, dos quais 750 milhões entrarão quando o negócio for concretizado e os outros 250 milhões até 2020.

Já o Fundo de Resolução ficou com a responsabilidade de compensar o Novo Banco por perdas que venham a ser reconhecidas com os chamados ativos 'tóxicos' (crédito malparado e imobiliário) e alienações de operações não estratégicas, caso ponham em causa os rácios de capital da instituição, no máximo de 3,89 mil milhões de euros.

A concretização do negócio ainda está sujeita a três condições: as autorizações da Direção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia, a nível de ajudas estatais, e do Banco Central Europeu, mas também a uma operação de diminuição de passivo do Novo Banco.

Esperava-se que esta operação fosse uma troca de dívida própria, mas no início desta semana foi conhecido que o banco optou por uma recompra desses títulos com vista a poupar 500 milhões de euros.

A participação pelos detentores de dívida nesta operação é voluntária.

É tendo em conta esta operação que a agência de notação financeira DBRS anunciou hoje, antes da apresentação de resultados ao mercado, que vai prolongar o processo de revisão do 'rating' atribuído ao Novo Banco, admitindo baixar a nota de 'CCC', já lixo, para 'D'.

"A DBRS antecipa que na sua conclusão, a operação de gestão de passivos [do Novo Banco] será vista como uma oferta forçada", afirma a agência num comunicado divulgado hoje, isto porque os detentores de obrigações estão a ser "forçados a aceitar" os termos da oferta.

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