Lucro da Jerónimo Martins sobe 0,6% para 173 milhões no 1.º semestre
O lucro da Jerónimo Martins subiu 0,6% no primeiro semestre, face a igual período do ano passado, para 173 milhões de euros, anunciou hoje a dona da cadeia de supermercados Pingo Doce.
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Economia Mercado
"Excluindo a contribuição da Monterroio no primeiro semestre de 2016, os resultados cresceram 5,5%", refere o grupo liderado por Pedro Soares dos Santos, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Neste período, as vendas avançaram 11,4% para 7.754 milhões de euros e o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) cresceu 7,2% para 416 milhões de euros.
"O crescimento LFL ['like-for-like', ou seja, vendas em lojas que operaram sob as mesmas condições no período em análise] do grupo atingiu, nos seis meses, uns notáveis 6,9%, impulsionado pelo forte crescimento da Biedronka e pelos muito sólidos desempenhos do Pingo Doce e do Recheio", refere a empresa.
No semestre, a cadeia de supermercados polacos Biedronka abriu 29 lojas, contando com 2.741 localizações no final de junho. Já a também polaca Hebe, cadeia de saúde e beleza, "registou um bom desempenho, com vendas de 75 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 36% face ao primeiro semestre de 2016 e terminou o período com 160 lojas" (oito aberturas nos primeiros seis meses do ano).
Em Portugal, as vendas LFL do Pingo Doce, excluindo combustível, cresceram 3,1% no segundo trimestre, "beneficiando também do efeito positivo da Páscoa. Nos seis meses, as vendas totais cresceram 3,1% para 1,7 mil milhões de euros com um LFL".
No semestre, o Pingo Doce remodelou 15 lojas e abriu cinco, terminando em junho com uma rede total de 417 localizações.
Já o Recheio "continuou a beneficiar da envolvente favorável e registou um robusto crescimento de 6,8% das vendas LFL, levando, nos seis meses, as vendas a atingirem os 442 milhões de euros, 8,6% acima de igual período do ano anterior".
A cadeia de supermercados colombiana Ara obteve vendas de 185 milhões de euros, 81,9% acima do ano anterior.
"Na primeira metade do ano, a insígnia abriu 49 lojas, chegando a 30 de junho com uma rede total de 269 localizações", adiantou.
A Biedronka registou um EBITDA de 375 milhões de euros (+14,6% em termos homólogos), o Pingo Doce e o Recheio registaram um resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações de 103 milhões de euros, enquanto a Ara e a Hebe atingiram, em conjunto, perdas de 47 milhões de euros.
O investimento do grupo foi de 249 milhões de euros.
"Com base num sólido primeiro semestre do ano, mantemos as vendas como a nossa primeira prioridade e estamos determinados a continuar a equilibrar crescimento sustentável e rentabilidade, tanto no curto como no médio/longo prazos", refere o presidente e administrador delegado, citado no comunicado.
"Em Portugal, tanto o Pingo Doce como o Recheio cumpriram os objetivos estabelecidos. O Recheio tirou partido da sua força comercial para capturar as oportunidades criadas pelo aumento do turismo. Uma vez mais, o Pingo Doce confirmou o seu compromisso em liderar a competitividade no mercado", prosseguiu, adiantando que a Ara "está agora preparada para acelerar a expansão das lojas no segundo semestre do ano".
"Os primeiros seis meses do ano validam a capacidade das nossas principais insígnias de criar oportunidades de crescimento, de entregar um sólido desempenho nos respetivos mercados e de alimentar o desenvolvimento futuro do grupo", concluiu.
Relativamente às perspetivas para este ano, a Jerónimo Martins refere que é esperado que a Ara abra em 2017 pelo menos 150 lojas, enquanto constrói três novos centros de distribuição que estarão operacionais no próximo ano.
"Na Colômbia, o foco na execução, no recrutamento e na formação é particularmente intenso. Neste contexto, as perdas geradas pela Ara e pela Hebe ao nível EBITDA deverão aumentar cerca de 30% quando comparadas com as do ano anterior", refere.
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