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Greve na PT arranca às 00h00 de sexta com expetativas de adesão "altas"

A greve dos trabalhadores da PT Portugal arranca à meia-noite de sexta-feira, com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom na expetativa que tenha "uma forte adesão".

Greve na PT arranca às 00h00 de sexta com expetativas de adesão "altas"
Notícias ao Minuto

19:59 - 20/07/17 por Lusa

Economia Sindicatos

Os sindicatos afetos à PT e a Comissão de Trabalhadores convocaram a greve em protesto contra a transferência de 155 trabalhadores da operadora de telecomuicações para empresas do grupo Altice e Visabeira.

"A expetativa de adesão é alta", disse hoje à Lusa o presidente do sindicato, Jorge Félix, que sublinhou que esta greve tem o apoio de todos os Órgãos Representantes dos Trabalhadores (ORT).

Em declarações à Lusa, o dirigente sindical disse que "há um enorme desespero e revolta", salientando que os trabalhadores duvidam da "capacidade económica e financeira no futuro" das empresas para os quais vão ser transferidos 155 trabalhadores, e "até da sustentabilidade em pagar os salários" daqueles funcionários.

"Esta situação de revolta e protesto poderá permitir uma forte adesão", disse, esperando que possa resultar na "maior greve da história da Portugal Telecom".

A última greve dos trabalhadores da operadora de telecomunicações aconteceu há mais de 10 anos.

Em declarações à Lusa esta semana, fonte oficial da PT Portugal disse que a empresa já ativou os "devidos planos de contigência". A Lusa questionou que planos são esses, mas até à data não obteve qualquer resposta.

O grupo Altice, que anunciou em 14 de julho que chegou a acordo com a espanhola Prisa para a compra da Media Capital, dona da TVI, numa operação avaliada em 440 milhões de euros, adquiriu a PT Portugal há dois anos.

Pelas 13:30, os trabalhadores da PT Portugal provenientes de todo o país vão concentrar-se em Picoas, junto à sede da empresa, explicou Jorge Félix, adiantando que depois irão em marcha até à residência oficial do primeiro-ministro, António Costa.

"Esperamos que o primeiro-ministro possa receber-nos", já que os trabalhadores, tendo em conta as declarações recentes do governante sobre a empresa, pretendem sensibilizar António Costa para que "atue junto da administração da Altice para que pare o processo" de transferência de trabalhadores para outras empresas (a chamada transmissão de estabelecimento, em termos jurídicos).

Em 12 de julho, no debate sobre o estado da Nação, na Assembleia da República, após questões colocadas pelos deputados, António Costa afirmou: "Receio bastante que a forma irresponsável como foi feita aquela privatização [pelo anterior governo] possa dar origem a um novo caso Cimpor, com um novo desmembramento que ponha não só em causa os postos de trabalho, como o futuro da empresa".

Isto porque apesar do secretário de Estado do Emprego ter afirmado na quinta-feira, no parlamento, que "está já em curso uma ação inspetiva" desencadeada pela Autoridade das Condições de Trabalho (ACT) sobre o processo de transferência de trabalhadores da PT Portugal para outras empresas, os trabalhadores consideram que a entidade não vai conseguir resolver o problema.

Em 30 de junho foi tornado público que a PT Portugal iria transferir 118 trabalhadores para empresa do grupo Altice - Tnord e a Sudtel - e ainda para a Visabeira, utilizando a figura de transmissão de estabelecimento, cujo processo estará concluído no final deste mês.

Antes, no início de junho, a operadora, comprada pelo grupo francês Altice há dois anos, tinha anunciado a transferência de 37 trabalhadores da área informática da PT Portugal para a Winprovit.

No total são 155 trabalhadores afetados, sendo que também existem cerca de duas centenas de trabalhadores da operadora que neste momento se encontram sem funções na empresa.

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