Shell 'esquece' petróleo e rende-se às energias renováveis
Um dos gigantes do mercado petrolífero reconheceu finalmente que a subida de popularidade das fontes alternativas de energia justificam uma aposta maior.
© Reuters
Economia Matérias-Primas
No meio dos maiores representantes mundiais do 'ouro negro', em pleno Congresso Mundial do Petróleo, o presidente da Shell teve um discurso de rutura com o paradigma atual do mercado e abriu a porta a um investimento interessante da empresa nas fontes renováveis de energia.
"Quando olhamos para as zonas do mundo onde a procura energética ainda não se expandiu, como em muitas áreas da Ásia e da África subsaariana, existe uma oportunidade enorme. Estas são zonas que não estão, em geral, presas a um sistema energético movido a carvão e petróleo. Têm a hipótese de mudarem de forma mais direta para um caminho de energia menos intensa rumo ao desenvolvimento", explicou Bem Van Beurden numa intervenção citada pela Bloomberg.
O CEO da Shell acredita que existe cada vez mais "aceitação dos consumidores" em relação à energia solar, elétrica e eólica e vê grandes "oportunidades" de crescimento em setores como os biocombustíveis e as células energéticas de hidrogénio. Ainda assim, as energias renováveis mais evoluídas não têm, segundo o líder da Shell, as características necessárias e continua a existir espaço para o gás e o petróleo manterem a força em centrais e em alguns setores que precisam de fontes energéticas de grande intensidade.
Contrariando a opinião oficial de outras grandes empresas do setor e dos representantes da Rússia e Arábia Saudita, dois dos maiores produtores mundiais de petróleo, a Shell vai gastar cerca de 900 milhões de euros por ano no desenvolvimento de soluções de energia renovável e continuará a caminhar para se ajustar a uma economia energética de longo prazo.
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