"O Governo acabou de enviar um documento, que não são propriamente as listas, mas a identificação de um conjunto de Ministérios e de empresas do setor empresarial do Estado, onde perspetiva trabalhar para identificar os trabalhadores com vínculos precários e resolver a situação", explicou à Lusa Arménio Carlos.
O sindicalista, que falava à Lusa, à margem da inauguração da nova Casa Sindical em Castelo Branco, recentemente adquirida e que irá concentrar a esmagadora maioria dos sindicatos afetos à CGTP, disse que este é um primeiro passo que ainda terá que analisar melhor, face aos conteúdos de um documento extenso e sobre o qual prometeu pronunciar-se oportunamente.
Quanto às listas, disse que, a partir de agora, devem ser apresentadas nas comissões específicas para a análise do problema.
"Para a CGTP, há um primeiro conceito que tem que ser respeitado: a um posto de trabalho permanente tem que corresponder um vinculo de trabalho efetivo. Em segundo lugar, o processo tem que ser transparente e célere do ponto de vista da sua concretização", frisou.
Arménio Carlos sublinhou que, se não houver da parte das comissões, sobretudo dos representantes do Governo, disponibilidade para dar toda a informação aos sindicatos e dar celeridade ao processo, "então é preciso ver para que servem as comissões".
O líder da CGTP disse ainda que aquilo que pretende é que o processo seja regularizado rapidamente.
A CGTP tinha dado um prazo, que terminava hoje, para que o Governo disponibilize as listas dos trabalhadores com vínculo precário, recusando "qualquer medida" que vise contratar parte desses funcionários, mas que implique o despedimento de outros.