Governo pode criar "espécie de central de compras" para matéria ardida
O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, anunciou hoje que o Governo está a procurar criar "uma espécie de central de compras" da matéria ardida para garantir que não há especulação.
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Economia Incêndios
"Estamos a tentar diligenciar com as grandes empresas que adquirem este tipo de matéria-prima", disse Pedro Marques, referindo que os contactos feitos vão no sentido de se ter "uma espécie de central de compras da matéria ardida".
A iniciativa justifica-se pela necessidade de que os valores de transação de matéria ardida sejam adequados, valores dignos e não especulativos de aproveitamento da situação dos produtores locais", explicou o governante, que falava durante a apresentação do relatório sobre os incêndios que afetaram a região Centro, que decorreu hoje na Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos com a presença dos sete municípios que foram afetados pelos incêndios: Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Penela, Sertã, Pampilhosa da Serra e Góis.
O processo "está em desenvolvimento", procurando "a remuneração digna" daquela matéria.
O ministro afirmou também que vão rapidamente para o terreno as medidas que garantam "a reposição rápida" da capacidade produtiva dos agricultores, face à forte presença da agricultura de subsistência neste território.
Para Pedro Marques, é fundamental "a recuperação urgente das empresas e da agricultura de subsistência", vincando que haverá fundos a que os produtores se possam candidatar, com a ajuda dos municípios e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.
Dois grandes incêndios deflagram em 17 de junho em Pedrógão Grande e Góis, tendo o primeiro deles provocado 64 mortos e mais de 200 feridos.
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