Tembe afirmou que o recurso às instalações do STAE vai acontecer no âmbito de um acordo que as duas instituições firmaram recentemente, visando a troca de serviços.
"O acordo visa o aproveitamento por parte do INE das instalações do STAE, uma vez que esta entidade dispõe de infraestruturas, como armazéns, em todo o território nacional", afirmou o porta-voz do INE.
O entendimento vai permitir que o INE guarde os materiais que serão usados no IV Recenseamento Geral da População e Habitação nos depósitos do STAE nos distritos e postos administrativos.
Por seu turno, o STAE terá acesso aos resultados do censo para permitir uma melhor projeção e eficácia no recenseamento eleitoral, acrescentou.
"Com os resultados do Recenseamento Geral da População e Habitação, o STAE pode fazer projeções sobre o número da população em idade eleitoral", acrescentou Cirilo Tembe.
O INE prevê registar, de 01 a 15 de agosto, 27 milhões de habitantes, no âmbito do IV Recenseamento Geral da População e Habitação.
"Em 2007, o censo apurou que eramos 20,8 milhões [de habitantes], em 2017, de acordo com as nossas projeções, a população do país está estimada em cerca de 27,1 milhões", um crescimento de 30%, disse Cirilo Tembe, numa entrevista à Lusa, no início deste mês.
A estimativa é calculada a partir dos dados de 2007 usando fórmulas matemáticas habituais neste tipo de cálculos estatísticos.
Por outro lado, o censo visa apurar o tipo de habitação usada pelos moçambicanos.
O custo do IV Recenseamento Geral da População e Habitação está estimado em 75 milhões de dólares (66,5 milhões de euros), dos quais 45 milhões de dólares (39,9 milhões de euros) serão despendidos durante o censo, afirmou Cirilo Tembe.
O primeiro Recenseamento Geral da População em Moçambique foi realizado em 1980, cinco anos após a independência, seguindo-se os de 1987, 1997 e 2007, com um intervalo de dez anos entre cada um, como recomendam as práticas internacionais sobre censos populacionais.