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Incêndios: Governo quer dar condições para recuperar empregos e empresas

O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, afirmou hoje que o Governo dará todas as condições para que sejam recuperados os empregos e as empresas afetadas pelos incêndios no Centro do país.

Incêndios: Governo quer dar condições para recuperar empregos e empresas
Notícias ao Minuto

18:17 - 27/06/17 por Lusa

Economia Vieira da Silva

Após uma reunião da Concertação Social, em Lisboa, o governante referiu que no final da semana deverá estar terminado o levantamento no terreno dos impactos dos fogos, e que o "Governo tomará as decisões adequadas e utilizará todos os instrumentos que tem ao seu alcance".

Vieira da Silva enumerou os esforços que o executivo faz em Bruxelas para a "flexibilização e a criação de novos recursos para intervir", garantindo que o Governo tudo fará no sentido de recuperar os empregos e as empresas afetadas.

"Ainda não temos toda a avaliação, mas já temos uma aproximação e sabemos que do ponto de vista de empresas houve um conjunto de unidades atingido e faremos todo o possível e daremos todas as condições que forem possíveis para que esses empregos e essas empresas possam ser recuperadas", afirmou o governante, precisando que na área da Segurança Social há "normas previstas para uma intervenção de emergência".

E que "estão a ser e serão desbloqueadas à medida que forem necessárias", sublinhou Vieira da Silva, notando haver "flexibilidade em instrumentos do fundo de socorro social e de apoios eventuais, que a qualquer momento podem ser utilizados".

No terreno, há locais de atendimento e postos para darem uma resposta, garantiu o ministro, admitindo que podem avançar prestações habituais como o subsidio de desemprego, mas também "prestações eventuais" e medidas específicas para trabalhadores independentes.

No próximo mês deverá decorrer uma reunião extraordinária da Concertação Social dedicada às consequências dos incêndios, que provocaram pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos.

Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da CAP -- Confederação dos Agricultores de Portugal, notou que na análise que decorre da reforma florestal "não devem ser cometidos excessos em virtude da pressa, que foi, de alguma maneira, manifestada na aprovação de alguma legislação".

"Devíamos trazer o Ministério da Administração Interna à discussão desta matéria, porque nos parece que houve uma falha muito evidente de proteção civil. Não é admissível que as pessoas morram em casa horas depois de um incêndio ter começado", criticou.

Pela UGT, Carlos Silva relembrou ser natural de um dos concelhos afetados - Figueiró do Vinhos -- e informou ter "suscitado ao Governo e aos parceiros sociais, sobretudo aos empregadores, uma necessária articulação com urgência no terreno".

"Articulação com as câmaras municipais, que parece que andam um pouco desarticuladas nesta matéria toda, e também com um movimento solidário de todo o país", afirmou o dirigente sindical.

Carlos Silva referiu ainda a necessidade de um "apoio específico para todos os que ficaram desempregados" e para os "empresários que ficaram sem nada".

Numa próxima reunião dos parceiros sociais, a UGT quer discutir a reforma da floresta, com a presença de responsáveis não só da Agricultura, mas também da Economia.

O líder da Confederação de Comércio e Serviços, João Vieira Lopes, referiu a importância de avaliar eventuais falhas no Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) e as "responsabilidades operacionais e as falhas operacionais".

Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, reafirmou a necessidade de medidas para "responder de imediato às necessidades das pessoas, no que respeita a emprego ou à redinamização da economia das próprias regiões e no plano social".

Necessária é ainda a "preparação do país para as medidas de fundo que em alguns casos foram tomadas há muito tempo, mas nunca foram aplicadas".

Pela Confederação Empresarial de Portugal - CIP, António Saraiva, argumentou que devem ser "tomadas medidas efetivas para que estes dramas não voltem a ocorrer" e "encontrar soluções" para as pessoas afetadas, "tendo em conta que cada caso é um caso".

A CIP pediu que na reunião extraordinária dos parceiros sociais esteja também a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, notando ainda a necessidade de "uma discussão séria" sobre a reforma das florestas.

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