Agricultores recebem palavras de Cavaco como "reconhecimento"
O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) encarou hoje como palavras de “incentivo” e de “reconhecimento” o que o Presidente da República disse na segunda-feira sobre a agricultura em Portugal.
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Economia CAP
“São palavras de incentivo e de reconhecimento daquilo que o setor tem estado a fazer para a economia e para o país”, afirmou hoje, em declarações à Lusa, João Machado, comentando o discurso de Cavaco Silva nas comemorações do 10 de Junho, Dia de Portugal, que ocorreram na segunda-feira em Elvas.
Apontando a evolução da agricultura em Portugal como um bom exemplo da necessidade dos portugueses abandonarem "ideias feitas e preconceitos" e de ultrapassarem "a tendência para o derrotismo e para o pessimismo", o Presidente da República fez o paralelo entre a situação que existia há 30 anos na agricultura e a realidade dos dias de hoje.
O Presidente da República lembrou que apesar do número de agricultores ser então muito superior ao atual - cerca de 600 mil, contra cerca de 300 mil nos dias de hoje - a produtividade da terra cresceu 22 por cento e a produtividade do trabalho agrícola aumentou 180 por cento.
O presidente da CAP defendeu que, “de facto, ao contrário dos outros setores da economia, a agricultura tem estado a investir, a criar emprego, a desenvolver-se, a exportar mais e a substituir importações”.
Para João Machado, “é bom” que o papel da agricultura “seja reconhecido, mas sobretudo que esse reconhecimento tenha tradução prática naquilo que são as condições mínimas necessárias para continuar-se neste caminho”.
“Porque os agricultores e o setor agrícola fazem parte deste país que atravessa uma crise muito grande, uma recessão muito profunda, e a economia também tem efeitos na agricultura. Sem mercado, sem condições para os portugueses poderem comprar os produtos agrícolas portugueses, nós teremos grandes dificuldades”, disse.
Nessa área, as “preocupações” da CAP “continuam” e João Machado garante que tem “expressado isso ao Governo, ao nível da concertação social”.
“Temos voltado a falar nos constrangimentos que temos ao nível do crédito, do custo da energia, do custo dos combustíveis, do custo de algumas taxas camarárias e taxas ambientais. Todas estas questões têm que ser resolvidas, no sentido de contribuírem todas no sentido de continuarmos a crescer e a criar emprego”, afirmou.
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