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Próxima fase de venda do Novo Banco estará concluída em julho, diz Costa

O primeiro-ministro afirmou hoje que a próxima fase do processo de venda do Novo Banco vai estar concluída em julho e assegurou que os lesados do Banco Espírito Santo vão ter "um sistema ágil" para minorar os seus prejuízos.

Próxima fase de venda do Novo Banco estará concluída em julho, diz Costa
Notícias ao Minuto

17:08 - 23/05/17 por Lusa

Economia Primeiro-ministro

No debate quinzenal, e numa fase em que já não tinha tempo para intervir, Luís Montenegro (PSD) questionou o primeiro-ministro sobre quando estará finalizado o processo de venda do Novo Banco, sobre os lesados do BES, o crédito malparado e o processo de regularização dos precários na Administração Pública.

"Sobre o Novo Banco, segundo ontem [segunda-feira) me informou o governador do Banco de Portugal o que se prevê é que a próxima fase esteja concluída no mês de julho", respondeu.

Quanto aos lesados do BES, António Costa frisou que termina na sexta-feira o prazo "para todos poderem responder aderindo ou não à proposta formulada".

"Segundo vi hoje na imprensa, a taxa de adesão é muitíssimo significativa e os lesados do BES não vão ter de ser subsidiados do bolso de cada um para recorrerem à justiça, mas terão um sistema ágil que responde à minoração dos prejuízos em que incorreram por incúria de várias entidades.

António Costa não respondeu aos dois últimos tópicos (malparado e precários) e ironizou sobre o momento que Montenegro escolheu para introduzir estes temas no debate.

"Vejo que o senhor deputado se esgotou e esgotou o seu tempo para conseguir sair de 2010 e se aproximar de 2017", afirmou, depois de parte do debate se ter centrado na governação socialista antes da 'troika'.

O contrato de promessa de venda do Novo Banco à Lone Star, assinado em final de março, prevê a venda de 75% do banco à Lone Star, ficando o Fundo de Resolução - entidade gerida pelo Banco de Portugal mas cuja responsabilidade financeira cabe aos bancos - com 25%. Em troca, a Lone Star não pagará qualquer preço, tendo acordado injetar 1.000 milhões de euros no Novo Banco para o capitalizar, dos quais 750 milhões quando o negócio for concretizado e os outros 250 milhões até 2020.

Contudo, o negócio implica ainda um plano de contingência para perdas do Novo Banco. Ou seja, durante oito anos, o Fundo de Resolução ficará com a responsabilidade de compensar o Novo Banco por perdas que venham a ser reconhecidas com os chamados ativos 'tóxicos' e alienações de operações não estratégicas, caso ponham em causa os rácios de capital da instituição, no máximo de 3,89 mil milhões de euros.

A concretização do negócio de venda do Novo Banco ainda está sujeita a três condições, desde logo as autorizações da Direção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu mas também a troca de obrigações seniores do Novo Banco.

O objetivo desta troca de dívida é que o banco poupe 500 milhões de euros, pelo que deverá implicar penalizações para os detentores dos cerca de 3.000 milhões de euros destes títulos 'vivos' no balanço do Novo Banco.

A imprensa escreve hoje que o Banco de Portugal está já a avaliar o projeto de troca de dívida já apresentado pelo Novo Banco e que a operação deverá avançar em junho.

Para já, com o contrato de promessa de compra e venda foi conseguido que desaparecesse o prazo de 02 de agosto de 2017 para o banco ser vendido ou liquidado, existindo agora o prazo indicativo até ao final deste ano para a venda ser concretizada, mas que pode ser dilatado.

Neste momento, continuam as negociações entre as autoridades portuguesas e a Lone Star para definir em pormenor como será feita a venda do Novo Banco, nomeadamente para definir os termos em que a Lone Star pode recorrer ao mecanismo de contingência.

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