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"Mantemos a aposta em Portugal porque é um país fantástico para criar"
O fundador e atual presidente executivo da Farfetch esteve em Lisboa para apresentar à imprensa o novo escritório, a face mais recente da aposta no país que viu nascer a ideia multimilionária.
© Global Imagens
Economia José Neves
Mesmo com sede em Inglaterra, a Farfetch sempre se orgulhou da ligação umbilical a Portugal e apostou desde início numa estrutura dividida onde o país que viu nascer a ideia assume um papel fundamental. Quase 10 anos depois da fundação, a aposta em Portugal continua forte e a prova está no novo espaço inaugurado em Lisboa esta terça-feira.
Em ambiente informal, o fundador e CEO da Farfetch falou com os jornalistas e explicou o motivo dos constantes investimentos em Portugal: "Continuamos a apostar em Portugal porque é um país fantástico para criar, e não só no caso da Farfetch. Há muitas empresas que estão a começar no nosso ecossistema e que estão a fazer coisas ao nível do que se faz em Silicon Valley, em Berlim, em Londres, em Nova Iorque...".
A mudança para um novo espaço perto do Cais do Sodré significa um investimento de um milhão de euros "apenas na parte visível, ao que junta também um investimento em formação e em várias outras áreas", explica José Neves, e surge como reação normal ao forte crescimento: "Estamos a crescer cerca de 70% ao ano e por isso precisamos de nos expandir. Precisamos de muitos e bons! E não se trata apenas de adquirir talento, trata-se também de manter o talento".
"Uma das coisas que mais me orgulha é termos sido distinguidos pela Business of Fashion como uma das melhores empresas de moda para trabalhar em todo o mundo. A lista tinha 16 empresas, sem ranking da melhor, mas se estivesse ordenadas, estaríamos com certeza na liderança!"
Em Lisboa, a Farfetch quer ter mais de 100 trabalhadores até ao final deste ano e ainda tem espaço para chegar aos 300 colaboradores; em todo o país, o objetivo é contratar mais 500 pessoas e chegar aos 1.400 trabalhadores até ao final do ano.
"Em todo o mundo, temos neste momento cerca de 1.600 trabalhadores, mas estamos a contratar em Londres, na China, no Japão... A empresa está a crescer a cerca de 70% ao ano. A força de trabalho não está a crescer ao mesmo ritmo, porque somos cada vez mais eficientes, mas continua a haver uma aposta forte", completa José Neves.
As únicas respostas evasivas surgiram quando o tema em discussão foi a entrada em bolsa - "vai ser um passo que mais cedo ou mais tarde será dado, mas ainda não está à vista" - e em relação à saída do Reino Unido da União Europeia e os possíveis efeitos na estrutura dividida da Farfetch: "Ainda se sabe muito pouco".
Veja na galeria o novo espaço da Farfetch em Lisboa e alguns dos espaços reservados aos trabalhadores.
[Notícia atualizada às 9h15]
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