A crise está a fazer com que muitos europeus entrem na chamada economia paralela. E tudo por causa da imposição de nova carga fiscal, regulação mais apertada do mercado laboral e uma quebra generalizada da confiança dos europeus nos governantes.
Assim, e de acordo com um estudo divulgado hoje pelo Instituto dos Assuntos Económicos britânico, a economia paralela na Europa emprega mais de 30 milhões de pessoas na União Europeia e equivale a mais de 20% da riqueza produzida em países como Espanha, Itália e Grécia.
Segundo o estudo, citado pela CNBC, a economia paralela britânica corresponde a cerca de 10% do Produto Interno Bruto, os 14% nos países do Norte europeu e entre 20 a 30% em muitos países do sul europeu.
“Os elevados níveis das despesas dos governos e um aumento generalizado dos impostos levaram muitas pessoas e empresas para a economia paralela. É um ciclo perigoso”, alertam os dois autores do estudo, Freidrich Schneider, professor de economia na Universidade Johannes Kepler na Áustria e Colin Williams, professor de políticas públicas na Universidade de Sheffield,
Os dois autores também apontam que a economia paralela cresceu nos últimos anos na Europa devido a um forte aumento dos impostos que conduziu a uma quebra da confiança nos governos.
“À medida que mais pessoas passam para a economia paralela, os governos e as autoridades perdem receitas com impostos. Isto leva, por seu turno, ao aumento dos impostos, estimulando ainda mais o mercado negro nomeadamente no emprego”, avisam os especialistas.