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Governo de Cabo Verde vai deixar de subsidiar companhia aérea TACV

O Governo de Cabo Verde anunciou hoje que vai deixar de subsidiar a companhia aérea TACV, tendo mandatado os ministros das Finanças e Economia para fazerem aprovar o plano de reestruturação da empresa para "implementação imediata".

Governo de Cabo Verde vai deixar de subsidiar companhia aérea TACV
Notícias ao Minuto

19:41 - 11/05/17 por Lusa

Economia Reestruturação

A decisão foi aprovada hoje em Conselho de Ministros, segundo anunciou em conferência de imprensa o porta-voz da reunião, o ministro dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, Luís Filipe Tavares.

"O Governo decidiu não utilizar fundos públicos para continuar a subsidiar a empresa deficitária e sem perspetivas de sustentabilidade na situação em que se encontra", disse Luís Filipe Tavares, sem avançar mais pormenores.

O porta-voz do Governo adiantou também que o Conselho de Ministros mandatou os ministros das Finanças e da Economia e Emprego, Olavo Correia e José Gonçalves, respetivamente, para fazerem aprovar, em Assembleia Geral, o plano de reestruturação da TACV para "implementação imediata" com o objetivo de "reduzir drasticamente" as perdas e preparar a empresa para a privatização, que poderá ser total ou parcial.

Luís Filipe Tavares afirmou que a reestruturação visa melhorar o valor de mercado da companhia área e assegurar que até à conclusão do processo de privatização, "as perdas contínuas e a dívida acumulada de mais de 90 milhões de euros deixam de ser uma ameaça à estabilidade financeira do país".

Luís Filipe Tavares adiantou que a TACV tem necessidades de financiamento de 18 a 30 milhões de euros e lembrou que a companhia perdeu 22 milhões em 2014, 35 milhões em 2015 e aproximadamente 17 milhões de euros em 2016.

A decisão do Governo surge depois de, na segunda-feira, em entrevista à agência Lusa, a representante do Banco Mundial para Cabo Verde, Louise Cord, ter revelado que a ajuda orçamental ao país irá continuar suspensa até à apresentação do plano de reestruturação da companhia, sublinhando os riscos fiscais que a atual situação representa.

"Estamos a trabalhar com o Banco Mundial neste processo de preparar a empresa para a privatização e é algo que vai acontecer o mais rapidamente possível. Não posso dizer o timing. Estamos a trabalhar. O dossiê é muito complexo, mas há uma decisão definitiva do Governo em relação a esta questão", disse Luís Filipe Tavares.

"Estamos à beira de uma solução definitiva para os TACV", sublinhou, admitindo que a privatização possa ocorrer ainda este ano.

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