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Regulador considera positivo que seguradoras estejam mais autónomas

O presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), José Almaça, considerou hoje positiva a separação entre os setores segurador e bancário que se operou nos últimos anos pela diminuição dos riscos de contágio.

Regulador considera positivo que seguradoras estejam mais autónomas
Notícias ao Minuto

16:12 - 05/05/17 por Lusa

Economia ASF

"A maior separação entre o setor segurador e o setor bancário é positiva, na perspetiva da redução dos efeitos de contágio, quer em termos reputacionais, quer ao nível da política de investimentos", afirmou José Almaça, numa conferência hoje em Lisboa, organizada pelo Jornal de Negócios.

O responsável referia-se ao facto de, nos últimos anos, várias seguradoras se terem autonomizado de bancos em Portugal.

A seguradora Fidelidade, que era da Caixa Geral de Depósitos (CGD), foi vendida ao grupo chinês Fosun, e a Tranquilidade, que pertencia ao BES, ao fundo norte-americano Apollo, que entretanto também comprou a Açoreana (que pertencia ao Banif).

Já o Novo Banco planeia vender este ano a seguradora GNB Vida, antiga BES Vida.

José Almaça destacou que as mudanças na propriedade não causaram "perturbações na gestão corrente" das seguradoras e considerou ainda que mostraram a "confiança dos investidores internacionais na robustez do setor segurador nacional".

Quanto aos desafios do setor, o responsável destacou o ambiente de baixas taxas de juro que "pressiona a rendibilidade" das empresas seguradoras e também impede que estas possam oferecer produtos de capitalização com remunerações atrativas.

Contudo, afirmou, após dois anos de "fortes quebras na produção do ramo Vida, já se observa uma inversão do ciclo nos primeiros meses de 2017".

Nesta conferência participaram representantes de seguradoras e de consultoras da área, que destacaram o modo como a digitalização irá criar "disrupção" no setor, mudando desde logo a relação com os clientes e sobretudo os mais jovens, que não aceitam a burocracias e procuram processos automáticos.

As seguradoras admitiram, contudo, que ainda estão a avaliar as novas tendências e o modo como farão o ajustamento.

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