Quase 100% das empresas planeiam alterar o 'chip' dos Recursos Humanos
Estudo apurou que os planos de redesenho das organizações para competir na era digital não estão a envolver devidamente a área de Recursos Humanos no seu planeamento estratégico.
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Economia Estudo
A era digital e tecnológica veio para ficar e, para o tecido empresarial português, está na altura de ceder às mudanças inevitáveis com a chegada do mundo novo. É, por isso, que quase todas (93%) das empresas contam fazer alterações de fundo na sua estrutura durante os próximos dois anos.
Um estudo da Mercer sobre as tendências globais para 2017 apurou que, hoje em dia, mesmo com as novas tecnologias, “as empresas continuam a adotar abordagens standard na gestão do seu talento, desadaptadas das alterações radicais em marcha ou que se avizinham”.
É precisamente no campo dos Recursos Humanos (RH) que se preveem as mudanças mais radicais dentro das empresas, que, por enquanto, continuam a não considerar como prioritário “a reorganização de funções e da estrutura funcional da sua organização”, estando por isso prevista uma mudança do seu ‘chip’ operativo.
“Apesar de os líderes de RH mostrarem confiança nos processos de gestão de talentos que têm em curso (70%), os colaboradores continuam à procura de novas oportunidades noutras organizações. Mais de um terço (34%) dos colaboradores admite que planeia abandonar, nos próximos 12 meses, a empresa onde trabalha atualmente, apesar de estar satisfeito com a mesma”, explica o estudo.
Este dados provam a existência de “uma falta de alinhamento com a gestão de topo” e de oportunidades perdidas para promover aquilo que os colaboradores enumeraram como importante”, sendo eles a prioridade da saúde sobre o salário; uma remuneração mais significativa do que a carreira; experiências de trabalho relevantes; fosso digital; e uma maior atenção e compensação sobre o trabalho que desenvolvem.
“O ambiente de trabalho, a força de trabalho e o próprio futuro do trabalho estão a mudar rápida e drasticamente, o que torna totalmente inviável este apego que ainda existe aos métodos tradicionais. Para assegurarem a competitividade das suas empresas, os gestores e os líderes dos Recursos Humanos têm obrigatoriamente de colaborar, e as suas empresas têm de adotar novas abordagens relativamente à forma como os colaboradores adotam a tecnologia e ao modo como permitem que os colaboradores giram, comunicam e promovem a sua carreira”, sustenta Tiago Borges, Business Leader de Career da Mercer Portugal.
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