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Ainda a polémica das SMS: Domingues não as "mostrou a ninguém"

Na primeira audição da segunda comissão de inquérito parlamentar à CGD, o antigo presidente do banco público afirmou que não revelou o conteúdo das SMS a ninguém e que se opôs, desde o início, à divulgação dos rendimentos e do património ao Tribunal Constitucional.

Ainda a polémica das SMS: Domingues não as "mostrou a ninguém"
Notícias ao Minuto

08:00 - 29/04/17 por Notícias Ao Minuto

Economia CGD

A história das SMS trocadas entre António Domingues e o ministro das Finanças, Mário Centeno, já fez correr muita tinta e ainda não foi desta que ficou totalmente esclarecida.

O ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) compareceu ontem, sexta-feira, na primeira audição da segunda comissão de inquérito à Caixa, pedida pelo PSD e pelo CDS-PP, e garantiu que não partilhou as polémicas SMS “com ninguém”, reforçando a ideia de ser contra a divulgação do seu património.

Na audição, o antigo presidente da CGD desmentiu, pois, a ideia veiculada pelo seu “amigo de longa data” António Lobo Xavier, que afirmou ter comunicado o conteúdo das mensagens trocadas entre Domingues e Centeno ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. As alegadas mensagens confirmariam que o Governo tinha garantido a Domingues que este estaria isento de declarar os seus rendimentos e património ao Tribunal Constitucional.

Questionado pelo deputado do PCP Miguel Tiago sobre se teria partilhado as SMS com Lobo Xavier, António Domingues foi perentório. “Eu não partilhei SMS com ninguém, quem conhece os meus SMS são os meus interlocutores e eu”, garantiu.

"Não lhe entreguei documentos, nem lhe mostrei documentos", acrescentou, reiterando que apenas enviou os documentos que lhe foram requeridos ao Parlamento.

Já no que diz respeito à publicitação de património dos administradores do banco público, António Domingues reforçou o facto de se opor a esta ideia desde o início de todo o processo. “Não me apetece muito divulgar o meu património e o da minha família. Estou de acordo que deve haver fiscalização apertada da administração, mas penso que isso se faz de outra maneira", disse.

O ex-presidente da Caixa afirmou ainda que a obrigatoriedade da apresentação do património precipitou a saída de vários administradores. “A manter-se esse regime, não teria conseguido atrair as pessoas que atraí - das 15 pessoas que assumiram funções, nove demitiram-se, é uma demonstração de que esse era um problema", frisou Domingues, considerando que, à data, o Governo "deixou de ter condições políticas" para manter o acordo estabelecido.

Na comissão, Domingues reafirmou ainda que depois de aceitar o convite para presidir à Caixa escreveu uma carta a Mário Centeno a pedir esclarecimentos relativamente à isenção de deveres declarativos perante o Tribunal Constitucional. Não tendo obtido uma resposta concreta, partiu do pressuposto de que estava isento. "O facto de o Governo nunca me ter dito nada, nunca me ter dito que discordava, levou-me, na melhor tradição negocial, a assumir que as partes estavam globalmente de acordo", justificou-se.

Questionado pelos socialistas João Paulo Correia e Eurico Brilhante Dias sobre se, durante o processo de contratação ou posteriormente, tinha sido discutida uma alteração à lei que impõe a declaração de rendimentos e património aos gestores da Caixa, António Domingues disse não se lembrar de que tal tenha acontecido. “Não tenho memória se esse assunto foi alguma vez discutido”, concretizou.

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