Trabalhadores e administração "vão procurar soluções" para evitar greves
Os representantes dos trabalhadores e a administração das empresas Transtejo e Soflusa, responsáveis pelas ligações fluviais no rio Tejo, vão procurar uma solução para ultrapassar a não aprovação do Acordo de Empresa.
© Global Imagens
Economia Transportes
Os representantes dos trabalhadores reuniram-se hoje, no Cais do Sodré, em Lisboa, com a administração das duas empresas para tentar evitar novas greves, tendo ficado já acordada nova reunião para a próxima sexta-feira.
"A administração apresentou-nos o despacho do Ministério das Finanças a não aceitar a publicação da revisão do Acordo de Empresa, que tinha sido pré-acordado em dezembro nas duas empresas, porque existiam algumas alíneas que não estavam de acordo", disse à Lusa Carlos Costa, do Sindicato dos Transportes Fluviais Costeiros e Marinha Mercante, afeto à Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).
O sindicalista explicou que a administração ficou de tentar encontrar uma solução para ultrapassar o problema.
"Na próxima reunião vamos ver que solução foi encontrada pela administração e até lá não vamos avançar com nenhuma forma de luta nas duas empresas. Até decorrerem as conversações vamos esperar e desejar que seja possível desbloquear esta situação", defendeu.
Os trabalhadores das duas empresas cumpriram na quarta-feira e na quinta-feira uma greve parcial, de três horas por turno na Transtejo e duas horas por turno na Soflusa, que afetou as ligações, em especial nas horas de ponta da manhã e tarde.
Em relação ao outro problema contestado pelos trabalhadores, das más condições da frota de navios e pontões, Carlos Costa referiu que em breve poderão existir verbas para desbloquear a situação.
"A informação que nos deram é que pode estar para breve o desbloquear de verbas para a reparação dos navios e pontões", referiu.
A presidente do conselho de administração da Soflusa e Transtejo, Marina Ferreira, afirmou na quarta-feira à Lusa que vai trabalhar para resolver os problemas nas empresas, reconhecendo que o serviço de transporte fluvial se degradou.
"É necessário que o Ministério das Finanças descative as verbas do orçamento das empresas para se proceder à renovação e manutenção da frota. Estamos a tentar lutar contra o tempo e a procurar encurtar os prazos para que sejam lançados os concursos", explicou a presidente do conselho de administração.
A Transtejo é a empresa responsável pelas ligações do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão com Lisboa, enquanto a Soflusa faz a ligação entre o Barreiro e Lisboa.
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