Em igual período, os rendimentos operacionais diminuíram 1,5% para 177 milhões de euros, e o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) desceu 27,2% para 24,9 milhões de euros, refere a empresa liderada por Francisco de Lacerda, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

"Os rendimentos operacionais recorrentes caem 0,5% devido à queda dos outros rendimentos operacionais, nomeadamente o fim do acordo com a Altice [dona da PT Portugal] com impacto de 2,5 milhões de euros no trimestre", adiantam os Correios de Portugal.

"Expurgando a parcela referente ao acordo da Altice em 2016, os rendimentos operacionais recorrentes registam um crescimento de 0,9% (+1,6 milhões de euros)", sendo que "esta evolução reflete o crescimento dos rendimentos dos serviços financeiros (+1,7 milhões de euros), do Banco CTT (+1,0 milhões de euros) e do Expresso Encomendas (+0,8 milhões de euros), dado que a área de correio registou uma ligeira queda de 0,8 pontos percentuais, retirando, em 2016, o valor de 0,8 milhões de euros relativo à Altice", explicam os CTT.

A descida do EBITDA e do resultado líquido foi afetada pela perda de receitas da Altice, bem como pelo período de crescimento do Banco CTT, ainda com impacto trimestral negativo nas contas consolidadas, prevendo-se "que esse impacto decresça a partir do terceiro trimestre" deste ano.

Na área do correio, os rendimentos baixaram 1,4% para 137 milhões de euros, essencialmente devido à evolução do tráfego de correio endereçado. "O decréscimo foi contudo inferior ao registado no último trimestre (-7,2%) e no total do ano de 2016 (-4,2%)", referem.

Os rendimentos do expresso e encomendas diminuiu 0,3% no trimestre (para 30 milhões de euros), enquanto os dos serviços financeiros aumentaram 5,3% (17,4 milhões de euros).

No caso do expresso e encomendas, "expurgando os cerca de 0,8 milhões de euros da Altice contabilizados em 2016, os rendimentos cresceram 2,6% no primeiro trimestre".

Em Espanha, referem os CTT, "a receita do negócio situou-se nos 12 milhões de euros, mais 7,8%", nomeadamente "devido ao crescimento do tráfego de 12,9%, baseado na recuperação e angariação de grandes clientes e também no acréscimo de atividade dos franchisados assente na oferta específica para o segmento de 'e-commerce'".

O mercado moçambicano cresceu 7,2% nas receitas do negócio em moeda local.

O tráfego de correio transacional caiu 3,3%, enquanto o do correio registado aumentou 12,5%.

Já o tráfego de correio normal "decresceu sobretudo devido à redução de correio enviado por alguns grandes clientes dos setores da banca (-9,6%) e telecomunicações (-7,8%)", adiantam os CTT, que explicam que estas diminuições "deveram-se fundamentalmente à contínua substituição das comunicações físicas pelas digitais (redução dos envios associados a extratos e faturas), à consolidação do setor bancário, à oferta 4P nas telecomunicações e também ao recurso a outros operadores que chegaram ao mercado".

O tráfego do correio publicitário endereçado caiu 4,6%.

No final de março, os CTT contavam com 12.162 trabalhadores, mais 1% que em igual período de 2016.