Vieira da Silva: Redução do desemprego é um "sinal extremamente positivo"
O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social considerou hoje "um sinal extremamente positivo" a redução da taxa de desemprego para 9,9%, afirmando que revela uma "dinâmica de criação de emprego que muitos consideravam impossível".
© Reuters
Economia Desemprego
O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu hoje em baixa de 0,1 pontos percentuais a taxa de desemprego de fevereiro para 9,9%, o valor mais baixo desde fevereiro de 2009, estimando para março uma nova descida para 9,8%.
Para o ministro Vieira da Silva, estes dados representam "um momento de grande significado, não apenas simbólico".
"Baixar dos 10% quer dizer que estamos a entrar num outro terreno, ainda com taxa de desemprego elevada, mas a aproximar-se de níveis que já não tínhamos há muitos anos", disse o ministro à agência Lusa, à margem da sessão de lançamento da Pós-Graduação em Economia Social e Solidária e Desenvolvimento Local da Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração da Universidade Lusófona de Lisboa.
Os dados divulgados pelo INE, para março, apontam para uma descida face aos 12% observados um ano antes.
Trata-se de "uma dinâmica de criação de emprego que muitos consideravam impossível, quer dizer que este primeiro trimestre está com níveis de recuperação económica claramente superiores ao passado e a colocar-nos numa trajetória muito positiva, do ponto de vista do emprego", vincou.
Para o ministro do trabalho, estes dados devem ser considerados pelos "portugueses como um sinal extremamente positivo", que mostram "uma economia que está a criar emprego, como há muitos anos não acontecia em Portugal".
"Nenhuma economia estagnada cria num ano 150 mil postos de trabalho", disse Vieira da Silva, destacando ainda que o emprego registado já ultrapassa os 4.630.000.
Isto "já não acontecia há muitos anos e retira-nos daquela situação de pressão profunda que vivemos", disse, salientando: "Estamos com a mais elevada taxa de criação de emprego desde que a crise económica se abateu sobre Portugal e com uma mais elevada da nossa história recente".
Esta situação quer dizer que "as empresas portuguesas estão a investir, estão confiantes no futuro, estão a contratar. São resultados muito positivos", rematou.
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