Lucros do CaixaBank crescem 48% para 403 milhões depois de integrar BPI
O espanhol CaixaBank, dono do BPI, teve lucros de 403 milhões de euros no primeiro semestre de 2017, um crescimento de 47,9 % em relação ao mesmo período de 2016, quando ainda não tinha reforçado a sua posição no banco português.
© Reuters
Economia Espanha
Em informação dada hoje à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) espanhol, o CaixaBank salienta que estes resultados, que incluem um aumento de 11 % dos créditos e dos recursos, foram conseguidos "depois de integrar o BPI".
Em fevereiro, CaixaBank ficou com 84,5% do BPI na oferta pública de aquisição, tendo ficado nas mãos de outros acionistas 15,49% do capital.
Dos resultados globais, 353 milhões de euros correspondem à atividade do CaixaBank (30 % mais do que no exercício anterior), enquanto 50 milhões foram trazidos pelo BPI, informa o banco espanhol.
Por outro lado, a integração do BPI produziu um resultado extraordinário de 155 milhões de euros, mas como a reestruturação em curso no banco português nos próximos meses terá um custo aproximado de 155 milhões de euros, o impacto global da operação será neutro.
"O grupo alcança a liderança financeira na Península Ibérica depois de incorporar dois milhões de clientes, 23.328 milhões de crédito bruto à clientes e 34.037 milhões de recursos de clientes", lê-se na nota de informação.
O banco com sede em Barcelona (Catalunha) sublinha que a atividade comercial mantém um ritmo "excelente", com um forte crescimento do negócio de seguros e gestão de ativos e a liderança nos principais produtos e serviços de retalho, como a transferência de salários, com uma quota de 25,9 %.
A taxa de morosidade (atrasos no pagamento de crédito) foi de 6,7 % depois da incorporação do BPI, e o rácio de cobertura melhora até 49 % (47 % no fecho do exercício de 2016).
A integração do BPI empurrou o crescimento da margem de juros do CaixaBank, que no final do primeiro trimestre do ano foi de 1,153 milhões de euros, mais 13 %, enquanto as receitas das comissões cresceram 20,3 %, para 588 milhões de euros.
O grupo espanhol alcança um rácio "CET1 fully loaded" de 11,5%, em linha com o que estava previsto no seu plano estratégico (11%-12%).
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