Acionistas decidem sobre aumento de capital social para comprar EDP Gás
Os acionistas da REN vão decidir, na assembleia-geral de 11 de maio, se autorizam o Conselho de Administração a aumentar o capital social para comprar a totalidade da EDP Gás e, consequentemente, alterar os estatutos da empresa.
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Economia REN
Na convocatória da assembleia-geral, enviada hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a REN - Redes Energéticas Nacionais adianta que entre os sete pontos da ordem de trabalhos da reunião consta a proposta de aumento do capital social da empresa.
Ou seja, pretende-se que os acionistas deliberem sobre "a autorização a conferir ao Conselho de Administração para aumentar o capital social da REN com vista à aquisição da totalidade do capital social da EDP Gás SGPS e, consequentemente, alterar os Estatutos da REN, adiantando o número 3 ao seu artigo 4.º", refere a empresa.
Em 07 de abril último, a REN Gás, subsidiária da REN, "celebrou um contrato de aquisição da totalidade do capital social da EDP Gás e das suas subsidiárias, EDP Gás Distribuição e EDP Gás GPL - Comércio de Gás de Petróleo Liquefeito, à EDP Ibéria, correspondendo o preço a um 'enterprise value' [valor da empresa] de 532.4000.000,00 euros", recorda a REN.
O Conselho de Administração "entende que a estrutura mais adequada para fazer face a tal aquisição resulta da combinação do recurso a linhas de crédito e a um aumento de capital social da REN por novas entradas em dinheiro até 250.000.000,00 euros, a realizar mediante a oferta pública de subscrição de ações com respeito pelo direito de preferência dos acionistas", acrescenta a empresa.
E, "para manter a flexibilidade necessária à realização deste tipo de operações em mercado, o Conselho de Administração entende que é essencial alterar os estatutos da REN de modo a autorizar o Conselho de Administração a deliberar quanto ao referido aumento de capital", refere.
A proposta do novo número 3 no artigo 4.º refere que a administração da REN fica autorizada "a deliberar o aumento de capital social e a definir todos os seus termos e características com sujeição às limitações e regras constantes" de oito alíneas, entre as quais que a deliberação deverá "ser aprovada por maioria de pelo menos dois terços dos administradores nomeados".
Entre outros pontos da reunião magna constam ainda a deliberação sobre o relatório de gestão e as contas relativas a 2016, bem como a proposta de aplicação de resultados.
Além disso, os acionistas vão ainda deliberar sobre a autorização ao Conselho de Administração para a compra e venda de ações próprias pela REN e suas participadas e também relativamente a uma declaração da Comissão de Vencimentos acerca da política de remuneração dos membros dos órgãos de administração, de fiscalização e da mesa da assembleia-geral.
A REN fechou 2016 com um lucro de 100,2 milhões de euros, uma queda de 13,7% face ao ano anterior, o que é justificado com ganhos não recorrentes registados em 2015.
O Conselho de Administração da REN vai propor um dividendo de 17,1 cêntimos por ação relativo ao exercício de 2016, valor em linha com o de 2015.
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